Purificação e caracterização de um peptídeo antimicrobiano por Bacillus liqueniformes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Teixeira, Mário Lettieri
Orientador(a): Brandelli, Adriano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/11998
Resumo: Bacillus licheniformis P40 produz uma bacteriocina que apresenta potencial para utilização como bioconservante no controle de microrganismos patogênicos e deteriorantes de alimentos entre os quais se destacam Listeria monocytogenes, Bacillus cereus e Erwinia carotovora. Estas substâncias possuem grande potencial biotecnológico que pode ser explorado pela indústria alimentícia. Assim sendo, este trabalho teve como objetivos a purificação e incorporação do peptídeo antimicrobiano em nanovesículas. A bacteriocina foi incorporada em nanovesículas de fosfatidilcolina, resultando em partículas de cerca de 570 nm. Houve Inibição completa do crescimento de L. monocytogenes com a adição de 100 e 50 UA.mL-1 de bacteriocina encapsulada e livre, respectivamente. Observou-se uma redução no número de células viáveis para zero após 12 minutos de incubação com 400 UA.mL-1 de bacteriocina encapsulada e livre, apresentando uma estabilidade de até 28 dias a 4ºC, para a forma encapsulada.O composto bacteriano foi purificado através de etapas de precipitação com sulfato de amônio, cromatografia de gel-filtração em Sephadex G-100 e cromatografia de fase reversa em Source-RPC. A purificação resultou num fator de 100 vezes com rendimento de 0.3%. A massa molecular do peptídeo foi determinado em cerca de 800 Da por espectrometria de massas. A bacteriocina étermo-resistente, suportando aquecimento a 100ºC por 5 minutos, e estável na faixa de pH de 6 a 10, porém sensível à ação de pronase E, butanol e ácido tricloroacético. O experimento realizado revelou ainda propriedades emulsificantes desta substância. Dados de espectroscopia de infravermelho indicaram uma estrutura molecular semelhante à de lipopeptídeos como, a surfactina e a lichenisina. Em relação à toxicidade frente a hemácias, em testes qualitativos, aferiram-se propriedades atóxicas, o que pode sugerir estudos mais detalhados sobre ensaios toxicológicos para uma provável utilização em produtos alimentícios.