Purificação, caracterização e avaliação de toxicidade de um peptídeo produzido por Bacillus subtilis subsp. spizezinii com atividade antimicrobiana frente a Haemophilus parasuis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Teixeira, Mário Lettieri
Orientador(a): Brandelli, Adriano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/84992
Resumo: Haemophilus parasuis é uma das primeiras e mais prevalentes bactérias colonizadoras de leitões, que afetam a população de suínos, entre 2 semanas a 4 meses de idade, causando a doença de Glässer. O objetivo deste trabalho foi purificar, caracterizar e avaliar a toxicidade de um peptídeo com atividade antimicrobiana frente a H. parasuis produzido por Bacillus subtilis subsp. spizezinii. A substância antimicrobiana foi purificada por precipitação com sulfato de amônio, cromatografia de filtração em gel (Sephadex G-50) e cromatografia de troca iônica (DEAE-celulose). A taxa de purificação foi cerca de 100 vezes com um rendimento de 0,33%. O peptídeo apresentou massa molecular de 1.083 Da e sua sequência foi determinada por espectrometria de massa (NRWCFAGDD). A inibição completa do crescimento de H. parasuis foi observada quando testada com concentração de 20 Gg/mL do peptídeo antimicrobiano (AMP) após 20 min de exposição. O peptídeo foi testado para determinar a concentração inibitória mínima (MIC) e concentração fungicida mínima (MFC) contra diferentes isolados clínicos de leveduras susceptíveis. O peptídeo inibiu Candida glabrata, C. tropicalis, C. parapsilosis e C. krusei, mas não foi capaz de inibir Trichosporon asahii e Cryptococcus neoformans. O AMP foi testado em relação ao potencial citotóxico em tecido de suínos, sendo que o resultado da avaliação histopatológica do músculo esquelético, fígado, coração, rim e cérebro incubados com esta substância e também incubados com nisina não mostraram lesões microscópicas. Células suínas tratadas com as diferentes frações purificadas resultaram em aumento dos níveis de liberação de lactato desidrogenase e hemoglobina em comparação com a nisina. Tendo em vista a relevância desta pesquisa, estudos complementares devem ser realizados para avaliar o potencial biotecnológico deste composto químico.