Burnout em médicos emergencistas de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Freitas, Ana Paula da Rocha
Orientador(a): Vieira, Silvia Regina Rios
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/188871
Resumo: A Síndrome de Burnout é o produto final de uma exposição crônica a estressores ocupacionais, e caracteriza-se por três dimensões: Exaustão Emocional, Despersonalização e Baixa Realização Pessoal. Ela é comum em trabalhadores da área da saúde, e pode chegar a 50% de prevalência entre médicos que trabalham com emergência. Fatores de risco conhecidos incluem características individuais como idade, sexo, tempo de formação e de dedicação à área; e características ambientais, como tipo de paciente atendido, característica acadêmica da instituição e número de horas trabalhadas. Além do prejuízo que traz à saúde do trabalhador, a Síndrome de Burnout influencia negativamente na qualidade do atendimento prestado. O presente trabalho tem como objetivo primário determinar a prevalência da Síndrome de Burnout nos médicos que trabalham nas emergências hospitalares de Porto Alegre, e como objetivo secundário avaliar se existe diferença nessa prevalência entre médicos com dedicação exclusiva ao trabalho na emergência e aqueles que possuem outra área de atuação concomitante. Todos os médicos emergencistas de Porto Alegre, dos hospitais públicos e privados, que atuam em emergência adulta, foram incluídos. Através de um questionário online e sigiloso enviado por email, foram avaliadas as características individuais dos médicos e aplicado o Maslach Burnout Inventory para avaliar as três dimensões da Síndrome de Burnout. Foram respondidos adequadamente 182 questionários (52,3% dos emails enviados). Observou-se uma prevalência de altos níveis de Burnout nas dimensões de Exaustão Emocional, Despersonalização e Baixa Realização Pessoal em 36,8%, 25,3% e 18,7% dos participantes, respectivamente. Quando consideradas em conjunto, 47,8% dos médicos apresentavam altos níveis em pelo menos uma dimensão, 22% em uma, 18,7% em duas e 7,1% nas três dimensões. Não houve diferença na prevalência entre os grupos estudados. A análise multivariável mostrou uma associação positiva entre trabalhar em hospital universitário, pouco tempo de formado e total de horas trabalhadas na semana com Burnout. Nosso estudo demonstrou que a síndrome de Burnout em médicos emergencistas de Porto Alegre é prevalente, o que indica uma necessidade de revisar as condições de trabalho desses profissionais. Pesquisas complementares 8 são necessárias para identificar quais intervenções pessoais, organizacionais e sociais são mais efetivas para resolver o problema.