Barragens e açudes no Bioma Pampa : variação espacial entre os anos de 1985 e 2015

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pinto, Fernando Pires
Orientador(a): Basso, Luis Alberto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/211246
Resumo: O bioma Pampa vem ao longo do tempo sofrendo grande degradação devido às ações antrópicas e sua conservação é constantemente ameaçada. Deste modo, o objetivo geral deste trabalho é analisar a influência da área ocupada por barragens e açudes no bioma Pampa entre 1985 e 2015 e seus impactos negativos no que diz respeito à conversão de sua vegetação nativa em uso agrícola. Para isso, foram utilizados dados de uso e cobertura da terra e bases cartográficas. Com apoio do levantamento teórico, foram definidas nove variáveis com intuito de integrá-las através da atribuição de valores (1 a 3) conforme seu risco ou o grau de impacto por barragens e açudes. Como resultado, foram gerados três mapas temáticos com a regionalização pelo grau de impacto sofrido na cobertura vegetal, paisagem e meio físico do bioma ao longo dos períodos analisados (1985-2000, 2000-2015 e 1985-2015). A validação foi feita através da interpretação visual aproximada de cada região e tabelas de dados, o que permitiu distinguir as áreas mais descaracterizadas em relação à vegetação nativa ao longo dos 30 anos. No período de 1985-2000 as áreas mais impactadas negativamente foram encontradas na região litorânea, COREDE Centro-Sul e próximo à divisa com a Argentina, correspondendo a uma área superior a 40 mil km². O período de 2000-2015 foi o que apresentou a menor área com alto grau de impacto negativo do recuo da vegetação nativa do bioma, com cerca de 37 mil km² e a sub-região com a área mais representativa localiza-se no centro-norte do bioma. Ao longo dos 30 anos, foi encontrada a maior média de valores atribuídos para o grau de impacto negativo (2,05), e maior representatividade dentro da área do bioma com 29%. Isto demonstra elevadas mudanças de uso e ocupação da terra no período decorrente do surgimento de novas barragens e açudes que não só aumentaram em área, mas também em número. Estas áreas estão distribuídas ao longo da fronteira com a Argentina na bacia do Rio Uruguai, boa parte do que corresponde a Depressão Periférica do Rio Grande do Sul, áreas litorâneas, as áreas dos COREDEs Central, Alto Jacuí e Noroeste Colonial, parte do Centro-Sul e uma área significante na Campanha.