Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Matias, Nathalia Rocha |
Orientador(a): |
Verrastro Viñas, Laura |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/117902
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Resumo: |
A ecologia termal de répteis fossoriais é pouco conhecida porque as observações em condições naturais são difíceis. Para saber se répteis fossoriais têm a capacidade de termorregulação ou se são conformistas, é necessário estudar a biologia térmica em relação à temperatura do corpo e ao ambiente térmico das espécies. Todos os organismos utilizam estratégias para lidar com a heterogeneidade térmica: animais endotérmicos reagem fisiologicamente e animais ectotérmicos têm resposta comportamental. A área de estudo localiza-se no município de São Jerônimo, no Rio Grande do Sul. O estudo de campo ocorreu de março de 2011 a outubro de 2012. totalizando 1.104 horas/coletor de esforço de captura. De hora em hora foram medidas as temperaturas ambientais, e no encontro de um espécime foram medidos o comprimento rostro-cloacal, a temperatura cloacal e as temperaturas ambientais do microhabitat. Foram encontradas 192 Amphisbaena munoai. Para o experimento de seleção de microhabitats termais em laboratório foram capturados 14 espécimes, no local do estudo de campo e levados para o Laboratório de Herpetologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde os espécimes foram acondicionados em aquário com luz artificial e pedras de tamanhos diferentes. A maioria dos indivíduos apresentou temperatura corporal entre 24ºC e 30ºC, tanto no estudo de campo como o de laboratório. No inverno e na primavera foram encontrados mais espécimes que no verão e no outono. Na primavera a A. munoai demonstrou atividade noturna similar a diurna. Em laboratório encontramos anfisbenas com temperatura corporal até 5ºC mais alta que qualquer temperatura ambiental, o que indica a interferência de mecanismo fisiológico na termorregulação destes animais. Análises de variância (ANOVA) foram utilizadas para comparar temperaturas sazonalmente e Análises de regressão múltipla para determinar a importância relativa da fonte de calor. A seleção de microhabitats foi constatada através da Análise de Correlação Canônica (Rc=0.2, X2=13.4, gl=6, p<0.04). Amphisbaena munoai é uma espécie tigmotérmica termoconformista diária e sazonal, porém esta espécie é capaz de termorregular ativamente, selecionando microhabitats para desenvolver suas diferentes atividades dentro de um intervalo de temperatura ideal. |