Modelo deposicional dos cordões litorâneos da Praia de Punta Verde, costa norte do Golfo de San Matías, Argentina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nunes, Jose Carlos Rodrigues
Orientador(a): Puhl, Eduardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
GPR
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/273215
Resumo: A Península Villarino localizada no Golfo San Matías, região norte da Patagônia Argentina, em San Antônio Este, é por depósitos sedimentares Pleistocênicos e Holocênicos recentes que fornecem substrato para o aporte de sedimentos bioclásticos, constituídos basicamente por conchas com predominância de bivalves (coquinas) da espécie Amiantis purpurata. O desenvolvimento da localidade de San Antonio Este está relacionado à atividade econômica portuária e pesqueira, com pouca interferência antrópica direta sobre os depósitos praiais de coquinas, sendo que as modificações observadas, junto à linha de costa, são determinadas por processos naturais, decorrentes das ondas e marés, sob condições de tempo bom e os eventos extremos de tempestade. O estudo dos paleo-cordões litorâneos progradantes e do cordão litorâneo recente, na praia de Punta Verde, numa área de aproximada de 31 ha, situada na face sul da península Villarino, teve por objetivo a proposição de um modelo deposicional evolutivo da sequência de cordões e da estimativa da taxa de progradação e de queda do nível relativo do mar (NRM). A interpretação do conjunto de cordões, inicialmente foi realizada a partir do levantamento do terreno e do substrato, com emprego dos sistemas GPR and GPSRTK, imagens de satélite de recursos naturais e dados de campo utilizados no processamento dos radargramas e no modelo de elevação digital do terreno (DEM), possibilitaram a identificação de 33 cordões, numa extensão de 681 m. As datações por rádio carbono 14C de amostras de conchas das cristas da sequência de cordões litorâneos apresentaram idades entre 5455±28 Cal. AP a 2183±123 cal.AP anos, Holoceno Médio e Recente, e idade de 1950 aos dias de hoje, para o cordão litorâneo recente. O entendimento e compreensão dos processos costeiros, parâmetros geométricos e forma dos cordões permitiu caracterizá-los como paleosistemas deposicionais Holocênicos progradantes, associados às flutuações do nível relativo do mar, determinadas por eventos glacio-eustáticos, componentes das marés astronômicas, ação de ondas, particularmente as de tempestade, bem como a topografia antecedente e o saldo positivo ou neutro do aporte de sedimentos, que se constituem nos mecanismos construtivos da sequência de paleo-cordões litorâneos e do cordão litorâneo recente.