Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Siebeneichler, Amanda Jandrey |
Orientador(a): |
Silva, André Luiz Reis da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/221650
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Resumo: |
O presente trabalho objetivou avaliar a influência do agronegócio na política externa ambiental brasileira no período de 2010 a 2020, abarcando o final do governo de Lula da Silva (2003- 2011), Dilma Rousseff (2011-2016), Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019-2020). O recorte temporal levou em consideração o fortalecimento do setor frente à sua expansão econômica e aproximação da representação do agronegócio com o governo a partir da gestão de Rousseff. Com base no Modelo dos Jogos de Dois Níveis proposto por Robert Putnam, partindo de um sistema complexo de ações, buscou-se analisar a atuação o agronegócio, por meio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), frente à política externa ambiental a partir de sua atuação na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara de Deputados e do Senado (CREDN e CRE). O agronegócio é uma frente ampla, composta por uma série de grupos, com os mais variados interesses, muito bem articulados com governo, sociedade civil e setor privado. A FPA, como representante oficial dos interesses do agronegócio na Câmara, faz parte do processo de atuação do setor em busca de maior representatividade. Sua articulação com outras bancadas é notória e representa a força do agronegócio na política brasileira, justamente porque é essa habilidade de articulação que permite ao grupo a garantia de seus interesses. Sua atuação na CREDN e na CRE revelam espaços pertinentes à atuação da FPA como um grupo de interesse e de pressão, atuando a partir de um lobby, munida de mecanismos institucionalizados, garantindo a aproximação do setor agroexportador com o processo decisório da política externa ambiental brasileira. Em consonância com os discursos disponibilizados nas Resenhas de Política Exterior Brasileira, é possível verificar a atuação do agronegócio através da FPA e dos grupos interligados à Frente Parlamentar por meio da aproximação com o governo federal e suas instituições. No que toca ao meio ambiente, a atuação do grupo, dentro dos eixos temáticos aos quais à FPA atua, garantiu acesso às informações e respaldo nos discursos presidenciais de apoio de Temer e Bolsonaro. Destaca-se, contudo, que observar as Comissões isoladamente demonstra a participação, mas não demonstra o grau de influência, justamente por apresentarem apenas uma parte do desempenho Legislativo na política externa brasileira. |