Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Borowski, Edson Moraes |
Orientador(a): |
Morais, Jennifer Azambuja de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/280790
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Resumo: |
Dissertação de mestrado que procurou analisar o fenômeno do discurso de ódio e seu uso como estratégia política e eleitoral que produziu impactos na cultura política e nos comportamentos violentos na arena social e eleitoral nas eleições de 2022 no Rio Grande do Sul. Apresentou as teorias da cultura política, a partir do paradigma comportamentalista, que considera que as crenças e valores, adquiridos especialmente durante o período da adolescência e juventude, influenciam nas atitudes e comportamentos na sociedade. Acrescentou a compreensão de que os valores estão vinculados aos pressupostos ideológicos nas estruturas coletivas. Possuiu como objetivo geral verificar se os elementos da cultura política do Rio Grande do Sul estão suscetíveis aos impactos do discurso de ódio, que estimularam os comportamentos violentos nas eleições de 2022. Foram utilizados dados de fontes externas, que validassem ou não as hipóteses levantadas. Além dos estudos da literatura de cultura política buscou-se a construção de conceito de discurso de ódio que incorpore os elementos da disputa político e eleitoral, além dos efeitos nos grupos historicamente vitimados, discutindo os limites da liberdade de expressão, utilizada como escudo para a disseminação do ódio. Para a análise foram utilizados pesquisas sobre violência contra agentes políticos, profissionais da mídia, os impactos na educação e nas relações de trabalho. Em relação aos episódios violentos nas eleições de 2022, foram utilizados dados sobre listas de boicote que produziram ameaças contra apoiadores da candidatura Lula, seguindo ao caso de violência física contra militante em cidade limítrofe à Serra Gaúcha. Para o tema do assédio eleitoral, além da análise estatística dos casos a nível nacional, por regiões e estados do Brasil, foram detalhados os casos do Rio Grande do Sul, com ênfase na região da Serra Gaúcha. Os resultados alcançados permitiram confirmar a hipótese de que o discurso de ódio encontra eco no ambiente eleitoral e produz efeitos sobre a cultura política do Rio Grande do Sul, construída ao longo de sua história sobre pressupostos autoritários. Contudo, não foram encontrados elementos que permitam afirmar que a cultura política da Serra Gaúcha seja diferenciado das demais regiões do Estado. A colonização italiana, que têm sido utilizado para sustentar a tese de diferenciação da cultura politica da Serra Gaúcha, justificando comportamentos violentos, não encontra sustentação nos dados levantados pela pesquisa. |