Uma análise de discurso contrastiva entre as narrativas presidenciais de Ronald Reagan e Donald Trump sobre a identidade nacional estadunidense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Howes, Ena Jordana Gazzoni Degrazia
Orientador(a): Oliveira, Guilherme Ziebell de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/284120
Resumo: Após a eleição de Donald Trump muito se especulou na área de Relações Internacionais se este advento representou uma ruptura com a tradição de política externa dos Estados Unidos. É geralmente reconhecido que muito desta tradição, especificamente para o discurso ideológico do Partido Republicano, foi moldado a partir das bases discursivas estabelecidas na administração de Ronald Reagan. A partir de uma análise de discurso entre a narrativa sobre identidade nacional reproduzida por estes dois ex-presidentes, o objetivo geral desta dissertação é avaliar em quais aspectos Trump apresentou desvios e continuidades no discurso ideológico da política externa do país. A partir das compreensões de Campbell (1998) e Hansen (2006) sobre a função da reprodução discursiva de identidade nacional como uma prática de política externa, a pesquisa adota uma abordagem pós-estruturalista para alcançar seu objetivo teórico. Aliado às contribuições de Pêcheux (1990; 1997a) e Hall (2003), sobre a relação entre ideologia e discurso, a pesquisa contrasta o conteúdo discursivo dos pronunciamentos Sobre o Estado da União dos referidos presidentes, através de três eixos conceituais formativos da identidade nacional. Estes servirão como parâmetros para a análise de discurso: a excepcionalidade estadunidense; o papel dos Estados Unidos na Ordem Internacional Liberal; o medo da ameaça externa. A metodologia aplicada para alcançar este fim segue a Abordagem das Práticas Discursivas desenvolvida por Doty (1993), combinada às técnicas da Análise Documental, para a formação de um corpus discursivo representativo destes pronunciamentos. Entendendo que a abordagem pós-estruturalista sobre o discurso ideológico trumpista pode fortalecer os estudos sobre a política externa estadunidense, a pesquisa visa contribuir com os debates atuais na área de Análise de Política Externa sobre o papel dos Estados Unidos nas percebidas instabilidades da Ordem Internacional Liberal.