Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Marini, Lucas Lima |
Orientador(a): |
Medeiros, Liciane Fernandes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276934
|
Resumo: |
Introdução: Disfunções temporomandibulares (DTMs) são importantes causas de dor orofacial crônica e acometem de 5 a 12% da população, sendo mais prevalentes em mulheres. Dores crônicas orofaciais são de difícil tratamento, sendo muitas vezes refratárias aos tratamentos convencionais. Desta forma, terapias alternativas como o uso de baixas doses de Naltrexona (BDN) e Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr) têm sido investigadas em diferentes quadros de dor crônica. Neste contexto, esta dissertação objetivou avaliar os efeitos da associação de baixas doses de Naltrexona (BDN) e/ou Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr) sobre parâmetros nociceptivo, comportamental e biomarcadores em um modelo animal de dor crônica orofacial inflamatória. Metodologia: 40 ratos Wistar machos adultos foram divididos primeiramente em 2 grupos: CFA (administração intra-articular de 50 μl de CFA - Complete Freund’s Adjuvant) e controle (sem intervenção). Após a indução do modelo e, confirmado o estabelecimento 10 dias após a injeção de CFA, o grupo CFA foi subdividido em CFA (sem tratamento); CFA + BDN (tratamento com BDN), CFA + EMTr (tratamento com EMTr) e CFA + BDN + EMTs (tratamento com BDN e EMTr). Os ratos foram expostos a uma sessão diária de EMTr e/ou administração de BDN, por 10 dias consecutivos. Foram avaliadas alodinia mecânica, pelo teste de von Frey Facial; hiperalgesia térmica, pelo teste da placa quente; comportamentos locomotor e exploratório pelo teste do campo aberto; e comportamento tipo-depressivo pelo teste de borrifagem de sacarose. Também foram avaliados níveis de marcadores de neuroplasticidade (BDNF) em córtex pré frontal e soro (por ELISA), níveis de marcadores de neuroinflamação (TNF-α, IL-4) em gânglio trigeminal (por ELISA). Resultados: O modelo de dor utilizado induziu alodinia mecânica facial 10 dias após a aplicação do CFA. Foi verificada reversão da alodinia após o tratamento nos grupos CFA + BDN e CFA + BDN + EMTr, mas não no grupo CFA + EMTr, indicando a efetividade do tratamento com BDN, mas não com EMTr. Não foram evidenciados efeitos do modelo de dor e dos tratamentos sobre a hiperalgesia térmica ou sobre os comportamentos locomotor, exploratório e do tipo-depressivo, contudo, foi verificado que a EMTr provocou um aumento no comportamento de grooming em comparação com o grupo controle e o grupo tratado com BDN. Os parâmetros bioquímicos avaliados não foram modulados pelo modelo de dor ou pelos tratamentos. Conclusão: Os tratamentos com baixas doses de naltrexona foram efetivos para a reversão da alodinia mecânica em ratos submetidos a um modelo de dor orofacial inflamatória crônica, a EMTr não demonstrou a mesma efetividade, porém, incrementou a atividade de grooming no grupo submetido a este tratamento. |