Objeto direto anafórico no português brasileiro : uma discussão sobre a importância dos traços semântico-pragmáticos - animacidade/especificidade vs. gênero semântico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pivetta, Vera
Orientador(a): Menuzzi, Sérgio de Moura
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/131776
Resumo: O objetivo desta dissertação é a proposição de uma análise do objeto nulo no português brasileiro examinando-se o seu condicionamento em função dos traços semântico-pragmáticos do DP (Determiner Phrase) antecedente. Segundo Schwenter & Silva (2003), ainda que haja muitos estudos a respeito do estatuto sintático dessa categoria, poucas pesquisas vêm sendo dedicadas à forma como os traços do antecedente podem condicionar a alternância entre o emprego de objetos nulos e posições preenchidas por pronomes manifestos. O traço semântico animacidade do antecedente é uma constante quando se discute o assunto (como em Bianchi & Figueiredo Silva, 1994; e Schwenter & Silva, 2002). Além desse, aponta-se também o traço pragmático da especificidade, como no estudo de Cyrino (1997), considerado o ponto de partida para o desenvolvimento das pesquisas sobre o objeto nulo em português brasileiro. Já Menuzzi e Creus (2004) propõem outra possibilidade para o condicionante da retomada anafórica do objeto direto: o gênero semântico do DP antecedente. Na visão desses autores, os traços de animacidade e especificidade de Cyrino (1997) podem ser reduzidos a esse único traço, o gênero semântico. Essas duas hipóteses foram comparadas por meio de um estudo de corpus. O resultado a que se chegou revela que as duas propostas apresentam resultados semelhantes. A construção denominada elipse de VP também foi alvo de estudo. Tendo em vista a semelhança existente, na estrutura superficial, entre a elipse de VP e o objeto nulo, como registrado por Raposo (1986), procurou-se observar se os traços que parecem condicionar o emprego do objeto nulo atuam de forma similar para a elipse de VP. Fez-se uso do mesmo corpus para avaliar essa predição. E os dados recomendam que se verifique essa hipótese.