Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Alcântara, Yara Bagali [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193161
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Resumo: |
Introdução: Os idosos com presbiacusia queixam-se de dificuldade no reconhecimento de fala no ruído, que pode ter como causa déficits no processamento auditivo neural. O treinamento auditivo musical foi desenvolvido como uma nova proposta de treinamento auditivo voltada para a estimulação das habilidades auditivas centrais de idosos usuários de próteses auditivas. No entanto, a compreensão dos efeitos desse treinamento nos mecanismos centrais da audição que interferem nos processos de adaptação e reabilitação auditiva em idosos ainda é um desafio. Objetivo: Analisar a eficácia do Treinamento Auditivo Musical associado à adaptação de prótese auditiva de idosos com presbiacusia. Método: Ensaio clínico randomizado unicego que foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o número n. º 02848918.2.0000.5406. Participaram do estudo oito idosos, novos usuários de próteses auditivas, com idade entre 65 e 80 anos, distribuídos em dois grupos: Grupo Prótese Auditiva: que somente fez uso de próteses auditivas e Grupo Treinamento Auditivo: submetidos a reabilitação auditiva com o treinamento auditivo musical por 16 sessões de 30 minutos com o objetivo de trabalhar as habilidades auditivas de processamento temporal (resolução e ordenação temporal), localização, fechamento auditivo e atenção seletiva. Todos os participantes foram submetidos aos testes de potencial evocado auditivo cortical com estímulo verbal, teste de reconhecimento de sentenças no ruído e questionário de auto avaliação do handicap auditivo. Os testes foram realizados em dois momentos distintos: Avaliação inicial, realizada antes da adaptação das próteses auditivas e do treinamento auditivo, e após três meses, avaliação final ao fim do treinamento auditivo. Todos os participantes foram adaptados bilateralmente, com próteses auditivas mini retroauriculares, de um mesmo fabricante e de igual processamento do sinal digital, mesma regra prescritiva NAL-NL2, de adaptação aberta, ajustadas de acordo com seus audiogramas individuais. Realizou-se análise descritiva (média e desvio padrão) e inferencial dos dados, com teste de normalidade Shapiro-Wilk, seguido pelo teste t de Student para amostras independentes para comparação entre os grupos. Para analisar o efeito principal do grupo e do tempo, e a interação entre grupo e tempo foi realizada a Anova mista de medidas repetidas Resultados: Para o teste eletrofisiológico, houve diminuição significante da latência do componente P3a do Grupo Treinamento Auditivo na comparação entre avaliação inicial e final. Com relação ao teste de reconhecimento de fala no ruído não houve diferença estatisticamente significante para nenhum dos grupos, tanto para Limiar de Reconhecimento de Sentenças no Ruído quanto Índice Percentual de Reconhecimento de Sentenças no Ruído. Para o questionário de autoavaliação houve diferença estatisticamente significante para o escore total e subtotal social para o Grupo Treinamento Auditivo quando comparadas as avaliações inicial e final. Conclusão: O Treinamento Auditivo Musical associado ao uso de próteses auditivas em idosos com presbiacusia mostrou-se eficaz na reabilitação auditiva ao gerar mudanças neurais para atenção, reconhecimento acústico e associação auditivo-linguística e reduzir os impactos da perda auditiva nas atividades de vida diária de idosos com presbiacusia. |