Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Valenzuela Sarria, Ana Marcela |
Orientador(a): |
Radomsky, Guilherme Francisco Waterloo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/149319
|
Resumo: |
O presente trabalho tem o objetivo de analisar como mudanças nos discursos sobre desenvolvimento que operam na Nicarágua afetam organizações de mulheres rurais no país. A partir de uma abordagem etnográfica, são analisadas as trajetórias e estratégias de duas organizações de mulheres que executam projetos com financiamento de agências de cooperação internacional e que mantêm relação com políticas sociais, buscando perceber como estas relações se vinculam com suas escolhas políticas. Tomo como referência a divisão em três períodos históricos do país, cada um vinculado a um macro-discruso específico sobre desenvolvimento: a Revolução Popular Sandinista na década de 1980, e a guerra que a acompanhou; os dezesseis anos do período neoliberal (1990 – 2006), que vieram acompanhados por um enorme volume de recursos de Ajuda Internacional para o Desenvolvimento (AID); e, a partir de 2007, a volta da Frente Sandinista de Liberación Nacional (FSLN) à presidência do país, marcada por sua aliança econômica com a Venezuela, e pela redução significativa de recursos de AID. O argumento é que estes macro-discursos, apesar de diferentes, se baseiam em lógicas de colonialidade/modernidade que colocam a “mulher rural” como um “outro” atrasado, que deve ser corrigido por algum tipo de desenvolvimento. No entanto, seguindo o desafio do feminismo pós-colonial, a proposta deste trabalho é desconstruir uma visão monolítica sobre “mulheres do terceiro mundo”, evidenciando as particularidades dos processos locais, apesar de compartilharem de elementos nas dinâmicas de estabelecimento de relações de poder em todos os espaços da vida. O trabalho de campo indica que elas constroem diferentes possibilidades a partir da construção de espaços exclusivos de mulheres, que se dá também em relação com discursos sobre desenvolvimento e gênero nacionais e internacionais. |