Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Grings, Bernardo |
Orientador(a): |
Hentschke, Liane |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/211467
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Resumo: |
O objetivo geral desta tese foi investigar as Crenças de Autoeficácia de regentes de grupos musicais em escolas de educação básica. As atividades de grupos musicais são bastante desenvolvidas nas escolas, demandando que os professores conduzam estes grupos e exerçam a função de regente. Com este estudo, buscou-se compreender o perfil dos regentes/professores e o quanto eles sentem-se capazes para atuar como regentes de grupos musicais escolares. O referencial teórico está fundamentado na Teoria das Crenças de Autoeficácia de Albert Bandura, que compõe a Teoria Social Cognitiva. A estratégia metodológica envolveu métodos mistos com design sequencial explanatório, estruturada em duas etapas: Survey e estudo de entrevistas qualitativo. Na primeira etapa o método utilizado foi Survey interseccional baseado na internet, com técnica de coleta de dados a bola neve. O instrumento de coleta foi um questionário autoadministrado dividido em duas partes, sendo a primeira para conhecer o perfil do regente/professor e a segunda com uma escala likert de cinco pontos para mensurar as Crenças de Autoeficácia em cinco dimensões: D1 - ensinar música, D2 - gerenciar o comportamento dos alunos, D3 - motivar os alunos, D4 - considerar a diversidade dos alunos, e D5 - lidar com mudanças e desafios. Para análise dos dados quantitativos foram utilizadas a estatística descritiva e inferencial. Participaram da amostra 147 regentes de grupos musicais escolares de todas as regiões do país e, destes, mais do que o dobro são do sexo masculino (68%), sendo eles mais jovens e com menos tempo de atuação profissional do que elas. O grau de escolaridade dos regentes/professores desta amostra é superior à média nacional apresentado pelos censos escolares da educação básica, com 91,2% tendo no mínimo o curso de graduação e 40,8% com pós-graduação. Na segunda etapa sete regentes de grupos musicais escolares foram entrevistados para compreender como eles formaram suas Crenças de Autoeficácia para reger - considerando as quatro fontes de informação propostas por Bandura (1997) na teoria. As fontes são combinadas em uma avaliação unitária para mensurar as Crenças de Autoeficácia, sendo que todas elas demonstraram ser relevantes no julgamento dos regentes entrevistados. As apresentações e performances públicas são um diferencial dos professores de música – especialmente dos regentes de grupos musicais constituídos pelas escolas - em relação aos demais professores; particularidade que foi revelada nas entrevistas mediante as fontes de Autoeficácia. Os dados qualitativos apontaram que: (i) os Estados Somáticos e Emocionais tendem a afetar negativamente os regentes/professores com menos tempo de experiência e (ii) a Persuasão Social positiva foi considerada fundamental para o trabalho desenvolvido, manifestada direta e indiretamente; (iii) as Experiências Vicárias (tanto presenciais quanto virtuais) são fontes constantes de estudo e aumentam o senso de capacidade; e (iv) as Experiências Diretas de Domínio tenderam a abarcar as demais fontes de informações nas experiências práticas, sendo a fonte mais robusta: os regentes/professores com mais tempo de experiência têm as Crenças de Autoeficácia mais elevadas. Um fator que manifestou influenciar nas Crenças de Autoeficácia dos regentes/professores foi a interdependência deles com seus alunos, já que dependem dos alunos para realizarem as apresentações públicas. Por fim, como um todo, os professores têm Crenças de Autoeficácia médias e altas para atuar como regentes, entretanto sentem-se com capacidade limitada de lidar com espaço físico inadequado, grupo com muitos alunos e material didático inadequado (dimensão 5 – lidar com mudanças e desafios), situações externas em que os regentes/professores tendem a ter pouco controle. |