A constituência prosódica da Língua Brasileira de Sinais (Libras) : as expressões não manuais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Souza, Diego Teixeira de
Orientador(a): Battisti, Elisa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/217373
Resumo: Esta tese investigou, por meio do Modelo de Análise da Marcação de Constituência Prosódica (SANDLER, 2010), a delimitação dos constituintes prosódicos frase fonológica e frase entoacional da Língua Brasileira de Sinais (Libras). O foco do estudo está nas expressões não manuais (ENMs) na Libras. Algumas ENMs têm funções sintáticas em línguas de sinais, como a marcação de orações relativas, concordância e foco, topicalização e tipos frasais (BRITO; LANGEVIN, 1995; QUADROS; KARNOPP, 2004). No entanto, apesar de seu uso sistemático, nem todas as ENMs verificadas em línguas de sinais têm função sintática. A pergunta que se fez na tese é: que papel linguístico desempenham as ENMs em línguas de sinais além da marcação sintática? Seguiu-se a hipótese de Nespor; Sandler (1999), Sandler (2010), Brentari (2011) de que as ENMs delimitam constituintes prosódicos – palavra prosódica, frase fonológica e frase entoacional – sendo que algumas ENMs, além desse papel prosódico, desempenham função sintática. Os dados empíricos desta investigação provêm das filmagens de sinalizações de dois sujeitos surdos, pouco oralizados e instrutores de Libras. Foram realizadas duas análises formais: uma que apontava quais eram as expressões não manuais presentes em fronteiras de frase fonológica e frase entoacional e outra que esclarecia a atuação conjugada de expressões não manuais a expressões manuais na marcação de limites prosódicos. A segmentação e análise dos dados foram realizadas no software ELAN, desenvolvido pelo Max Planck Institute of Psycholinguistics. Para a padronização da transcrição e para a criação de trilhas no ELAN, fez-se uma adaptação da proposta de Mccleary, Viotti e Leite (2010). A análise qualitativa de dez enunciados de diferentes tipos frasais demonstrou que, na Libras, a marcação de fronteira de frase fonológica é realizada por alterações manuais e que, na ausência dessas, outras ENMs, como movimento de sobrancelhas, mudança na posição de boca, semicerramento e piscar de olhos delimitam tal constituinte prosódico. Já levantamento de sobrancelhas, mudanças na posição de cabeça e corpo, semicerramento e piscar de olhos, e reconfiguração de todas as expressões faciais demarcam limites de frase entoacional.