Uma análise geoagronômica da vitivinicultura na fronteira oeste do Rio Grande do Sul : Limitações e potencialidadess para o cultivo da Vitis vinifera L.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Arruda, Sidney Ferreira de
Orientador(a): Gass, Sidnei Luís Bohn
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233276
Resumo: Pressupõe-se que o cultivo da uva seja uma das atividades agrícolas mais antiga desenvolvida pelo. Originaria da bacia do mediterrâneo, segundo a literatura, e em tempo antes da era do bronze a uva já era cultivada com o propósito para a vinificação, principalmente a espécie Vitis vinifera L. Com isso, a sua expansão pelo mundo concentra-se principalmente entre os paralelos 30º N e 39º N e 30º S e 44º S, onde o clima é tipicamente de verão seco e inverno chuvoso. No Brasil, o cultivo da uva ganha expressão com a chegada de imigrantes italianos no Planalto do Rio Grande do Sul. Neste sentido, a região passa a ser conhecida como Vale dos Vinhedos e torna-se a maior produtora de uva do país, destinando essa produção praticamente à fabricação de vinhos. Anos depois, com pesquisas avançando no setor enológico, novas áreas com vinhedos em várias regiões no Brasil ganham destaque. Variando dentro do território nacional, hoje encontra-se cultivo de uva tanto no sul do país como no sudeste e nordeste. Enquanto isso, políticas públicas e novas tecnologias aumentam a competividade do vinho Gaúcho no mercado, principalmente internacionalmente. À vista disso, na década de 1970 parcerias entre instituições de pesquisas brasileiras e empresas multinacionais do setor vitícola são firmadas e por meio destas são realizados estudos de zoneamento agrícola para a uva no Rio Grande do Sul. Assim surgem uma nova expansão do cultivo da uva neste Estado para áreas onde as condições de clima, relevo e solo são as mais favoráveis para a produção de vinhos finos. Maluf et al., (2014), mais recentemente destaca, também por meio de zoneamento, o grande potencial da região oeste do Rio Grande do Sul para o cultivo da Vitis vinifera L. Para estes autores esta região apresenta as condições edafoclimáticas que vêm caracterizar um vinho de qualidade e, segundo os mesmos, nas Neste cenário, o único município da região que encontra-se no zoneamento para o cultivo da uva com maior área cultivada é Santana do Livramento, outros municípios desta mesma zona deve um início de implementação de vinhedos com queda de suas áreas nos anos seguintes. Neste contexto, partindo da problemática de que somente as características dos solos limita o potencial de cultivo de uva nesta região ou pode ser associado a outros fatores, essa pesquisa teve como categoria de análise a Paisagem da região geoeconômica COREDE Fronteira Oeste. Com métodos quantitativos e qualitativos e tendo como base a cartografia temática, foram investigados os elementos climáticos, geomorfológicos e pedológicos do COREDE em soma com o dinamismo da cobertura vegetal e uso das terras no período 1985-2018-2019 nos diversos intervalos dentro desta faixa temporal. Como resultados foi identificado, por meio das fontes de dados utilizadas neste estudo, uma vitivinicultura em escala regional que é influenciada principalmente pela estrutura fundiária. Onde as condições, principalmente os elementos climáticos, tendem a tornar a fronteira oeste do Rio Grande do Sul uma grande produtora de uva. No entanto, pelas análises realizadas desta pesquisa, quanto maior a intensidade de uso das terras com monocultura, por vezes, monocultura somada a pecuária, restringe-se mais o cultivo e expansão da uva.