Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Chiarani, Fabria |
Orientador(a): |
Kapczinski, Flávio Pereira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/55088
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Resumo: |
A prevalência do transtorno de humor bipolar (THB) na populção mundial é em média 4%. Essa doença psiquiátrica está associada a elevadas taxas de mortalidade, principalmente devido a doenças cardiovasculares (DCVs). Pacientes com THB apresentam risco duas vezes maior de desenvolver doenças cardiovasculares em relação à população geral. Componentes importantes das DCVs incluem disfunção endotelial, ativação plaquetária, ativação imunológica e inflamação. Para este estudo foram avaliados biomarcadores associados com risco de doença cardiovascular em pacientes bipolares. Os níveis séricos de homocisteína, folato, vitamina B12, ferritina, creatina kinase e proteína C-reativa foram medidos em pacientes com THB em dois momentos: durante um episódio maníaco e após a remissão dos sintomas. A expressão do mRNA de MMP-2 e MMP-9, em sangue total, também foi analisada. Todos os parâmetros foram comparados com controles saudáveis. Pacientes e controles estavam aparentemente livres de doenças cardiovasculares. A expressão da MMP-2 mostrou uma relação negativa em relação ao IMC nos pacientes com THB nos estados maníaco e eutímico, enquanto que essa relação foi positiva nos indivíduos controles. Os níveis de ferritina se mostraram reduzidos apenas durante os episódios de mania. Não foram verificadas diferenças estatisticamente significantes nos demais biomarcadores estudados quando comparados os pacientes com THB e os controles. Exceto para a ferritina, todos os resultados obtidos durante o episódio de mania persistiram após a recuperação sintomática nos pacientes com THB. Nossa análise não valida a utilidade desses biomarcadores para diferenciar diferentes estados de humor quanto ao risco de DCV. É provável que a utilidade desses biomarcadores na caracterização de maior risco em indivíduos com doença cardiocascular estabelecida se justifique mais do que o seu uso como indicadores de risco de futuros eventos cardiovasculares. A possível relação da homocisteína com risco de doença cardiovascular no THB não foi obsevada após correção para o IMC. A diferença no padrão de expressão da MMP-2 no THB precisa ser investigada bem como, outros indicadores de remodelamento tecidual e inflamação. Os resultados mostram a importância da inclusão do IMC como uma covariável em estudos para investigar o risco cardiovascular no THB. Um adequado acompanhamento no que diz respeito ao desenvolvimento de comorbidades médicas em pacientes bipolares deve ser implantado. |