Isolamento e elucidação estrutural de compostos com potencial anti-inflamatório na pimenta dedo-de-moça (Capsicum baccatum var. pendulum)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Molon, Débora Fagundes
Orientador(a): Gosmann, Grace
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/148097
Resumo: A pimenta dedo-de-moça, Capsicum baccatum var. pendulum, é amplamente cultivada na cidade de Turuçu (RS, Brasil) e apresenta compostos potencialmente ativos contra doenças constituídas por processos inflamatórios e oxidativos, tal como a aterosclerose. Neste trabalho foi realizado um fracionamento do extrato ativo obtido dos frutos de C. baccatum e o isolamento de compostos representativos das frações com o objetivo de identificar os compostos responsáveis pela atividade antiinflamatória demonstrada pelo extrato. Assim, três frações denominadas superior (UF), intermediária (MF) e inferior (LF) foram obtidas e seu desempenho antiinflamatório foi avaliado pelo modelo de pleurisia em camundongos induzida por carragenina. Todas as frações (100 mg/kg, v.o.) inibiram significativamente a migração de leucócitos totais na cavidade pleural (p<0,001), caracterizada por uma intensa redução na migração de neutrófilos em todos os grupos de tratamento (p<0,001). A análise química mostrou composições diferentes para as três frações e um rendimento majoritário para a fração LF (cerca de 60%). Foram isolados e identificados cinco compostos inéditos para a espécie, dentre estes o composto 1 (5- hidroximetil-furfural) isolado de UF, os compostos 2 (n-butil-α-D-frutofuranosídeo), 3 (n-butil-β-D-frutofuranosídeo) e 4 (n-butil-β-D-frutopiranosídeo) isolados de MF e o composto 5 (capsianosídeo XV) isolado de LF. Foi também evidenciada a formação de derivados de açúcares durante o processo extrativo. Em relação às frações estudadas, no que diz respeito à composição química, rendimento e perfil de atividade anti-inflamatória, pode-se concluir que a fração LF é a mais promissora para futuros estudos de isolamento de compostos ativos de C. baccatum, sendo o capsianosídeo XV um potencial candidato à ensaios de atividade anti-inflamatória, visando a contribuição no desenvolvimento de medicamentos para prevenção e tratamento de doenças associadas ao processo inflamatório.