Sintomas psicológicos em familiares de pacientes críticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Eugênio, Cláudia Severgnini
Orientador(a): Boniatti, Márcio Manozzo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/256592
Resumo: Objetivo: Investigar a existência de associação entre resiliência, sobrecarga de cuidado e níveis de cortisol capilar em familiares de pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI). Método: Esta tese é composta de três partes: (1) Revisão de literatura sobre os sintomas psicológicos vivenciados pelos familiares com pacientes internados em UTI; (2) Elaboração de um estudo com o objetivo de investigar a associação entre resiliência e sobrecarga de cuidado após a alta da UTI em familiares de pacientes críticos crônicos, além da associação com sintomas de ansiedade e depressão; (3) Elaboração de um segundo estudo com o objetivo de investigar a existência de associação entre a concentração de cortisol no cabelo (CCC) antes da internação na UTI, e a ocorrência de sintomas de estresse agudo em familiares de pacientes com doença crítica persistente. Resultados: O primeiro estudo incluiu 131 pacientes e familiares que permaneceram na UTI por pelo menos 10 dias. Houve associação entre idade e religiosidade intrínseca e resiliência. As médias dos escores HADS-ansiedade e HADS-depressão foram 9,7 ± 4,5 e 7,3 ± 4,1, respectivamente. Houve correlação negativa entre a idade do familiar e o escore HADS-ansiedade (r = -0,26; p = 0,002). A média do escore de Zarit foi de 30,3 ± 13,8. Houve associação entre o escore de Zarit e o escore HADS-ansiedade (r = 0,51; p <0,001) e o escore HADS-depressão (r = 0,47; p <0,001). O segundo estudo incluiu 110 pacientes e seus familiares. Oitenta e oito familiares (80,0%) apresentaram sintomas de estresse agudo. Não houve associação entre religiosidade intrínseca e estresse (p = 0,721) e nem entre resiliência e estresse (p = 0,791). A mediana de CCC foi 2,37 pg/mg (1,16 - 5,06 pg/mg). Não houve diferença de CCC entre familiares com e sem sintomas de estresse agudo (p = 0,419). Na análise multivariada, apenas o fato de o paciente estar alerta no momento da entrevista com o familiar apresentou associação significativa com a prevalência de sintomas de estresse agudo do familiar. Conclusão: Familiares resilientes de pacientes gravemente enfermos têm uma carga de cuidado menor e menos sintomas de ansiedade e depressão. Não houve evidência de associação entre a CCC dos familiares em segmentos do cabelo referentes aos meses anteriores à admissão do paciente na UTI e a ocorrência de sintomas de estresse.