Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Aguinaga, Antônio José Queirolo |
Orientador(a): |
Nabinger, Carlos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/22993
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Resumo: |
Foram analisadas as relações entre o perfil socioeconômico dos pecuaristas criadores de bovinos de corte distribuídos na região da Campanha do Rio Grande do Sul, as possibilidades referentes ao uso dos recursos produtivos e as características e motivações dos mesmos. A base de dados analisada é constituída de 118 entrevistas, realizadas entre os meses de agosto e outubro de 2004, junto a pecuaristas distribuídos na região da Campanha do RS. A partir da utilização da Análise Fatorial e da Análise de Clusters, identifica-se quatro grandes perfis de pecuaristas. O primeiro, denominado de Pecuaristas Estacionários, representa 42,3% da amostra. O segundo, o perfil dos Pecuaristas Consolidados, corresponde a 33,8% dos casos analisados. Nesses dois perfis, a principal atividade é a bovinocultura de corte e o sistema de criação predominante é do tipo cria e ciclo completo. A presença das aposentadorias, das rendas não-agrícolas, e das rendas externas (principalmente na forma de arrendamentos) é expressiva e contribuem significativamente na composição da renda total dos estabelecimentos. O terceiro e o quarto perfil, denominados de Pecuaristas-Lavoureiros Especializados e Pecuaristas-Lavoureiros Convencionais (11% e 12,7% da amostra) desenvolvem a bovinocultura de corte, juntamente com o cultivo de lavouras anuais. O sistema de criação predominante é o do tipo ciclo completo e o de recria/terminação. Nestes dois perfis, verificam-se os melhores índices de produtividade e rendimentos médios relacionados, tanto à bovinocultura de corte, quanto às atividades de lavouras. Essa diferenciação em relação aos pecuaristas em que a bovinocultura é a atividade principal, ocorre porque as áreas de lavouras de verão são ocupadas com pastagens cultivadas de inverno. Isso permite a diminuição da lotação animal nas áreas de campo e uma oferta de forragem de melhor qualidade no período de inverno. Também contribui para essa diferenciação o descompasso entre os preços do gado bovino, bastante deprimidos no período da realização da pesquisa e dos produtos das lavouras anuais de verão (soja e arroz) valorizados. Esses pecuaristas também revelam os melhores níveis de escolaridade e de inserção social na comunidade local e regional. Entre as motivações para atuar na bovinocultura, destacam-se, além da tradição, o lucro e a segurança que a atividade proporciona. Em linhas gerais, as diferentes configurações dos perfis de pecuaristas e a organização dos estabelecimentos, refletem as diferentes possibilidades no que se refere ao uso e disponibilidade dos recursos produtivos, principalmente em relação à diversificação de formas de uso da terra. Além disso, refletem as diferentes características sócio-culturais e comportamentais dos pecuaristas. |