Análise da influência do posicionamento dos pés e do tempo na magnitude das variáveis da avaliação postural semi-estática por meio de fotogrametria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Antoniolli, Arthur
Orientador(a): Candotti, Cláudia Tarragô
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/149323
Resumo: A fotogrametria é um instrumento de avaliação simples, de baixo custo e objetivo que fornece resultados fáceis de interpretar, precisos e reprodutíveis, sendo muito usada atualmente. Apesar disso, a os protocolos de avaliação por fotogrametria não apresentam uma padronização a ser seguida, tornando difícil a obtenção de um padrão de avaliação com relação a alguns aspectos, como por exemplo, a posição dos pés, carecendo também de informações acerca do comportamento das variáveis associadas a esse tipo de avaliação durante um determinado intervalo de tempo. Essa dissertação foi dividida em dois estudos: Estudo 1: realizou-se uma revisão sistemática com o objetivo de investigar os posicionamentos de pés usados para a realização da avaliação postural semi-estática por meio de fotogrametria. Esse estudo trata-se de uma revisão sistemática de estudos observacionais e ensaios clínicos randomizados e seguiu as recomendações da Colaboração Cochrane. Com as palavras chave “photogrammetry” e “spinal postural evaluation”, realizou-se uma pesquisa nas seguintes bases de dados: PubMed, Science, Scopus, Embase e Bireme. Foram incluídos 40 estudos após crivo dos critérios de elegibilidade, sendo os principais posicionamentos de pés encontrados: autorreferido, paralelos separados, paralelos unidos e posicionamento autorreferido padronizado. Apenas três estudos foram avaliados de baixa qualidade metodológica. Como em nenhum dos estudos incluídos houve comparação de resultados de avaliações realizadas em diferentes posicionamentos de pés, faz-se necessário que estudos que abarquem esse tipo de análise sejam desenvolvidos, também se julgando importante que sejam respeitadas as determinações específicas de cada protocolo de análise. Estudo 2: esse estudo objetivou determinar (1) a reprodutibilidade intra-avaliador das diferentes posições de pés, (2) a classificação das variáveis posturais em estacionária/não estacionária e ergódica/não ergódica, (3) se existe uma posição dos pés com menor variabilidade postural, e (4) se existe uma posição de pés mais confortável para a realização da avaliação postural semi-estática utilizando a fotogrametria. A amostra foi composta por 24 indivíduos adultos de ambos os sexos, sendo eles submetidos à avaliação postural em dois momentos por meio de fotogrametria aonde foram filmados durante 35 segundos em quatro posições de pés: autorreferido (AR), paralelos separados (PS), paralelos unidos (PU) e autorreferido padronizado (ARP). Ao final de cada avaliação o indivíduo apontou em uma escala analógica a sensação subjetiva de desconforto. Após as avaliações, cada filmagem foi dividida em sete fotografias, sendo elas digitalizadas no software Digital Imagem-based Postural Assessment (DIPA). Na análise estatística foram utilizados os seguintes testes: Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC), erro padrão da medida (SEM), mínimo erro detectável (MDC) e média absoluta das diferenças (MAD) para a reprodutibilidade intra-avaliador; ANOVA de medidas repetidas para testar a estacionariedade e ANOVA one-way para testar a ergodicidade das variáveis posturais; Coeficiente de Variação (CV) e ANOVA one-way para análise da variabilidade postural em diferentes posições de pés; e ANOVA oneway para verificar as diferenças entre a sensação subjetiva de desconforto nas posições de pés. A reprodutibilidade das variáveis independeu da posição de pés, sendo todas elas classificadas como excelente. Das doze variáveis analisadas, cinco foram classificadas como estacionárias e ergódicas em todas posições de pés, quatro tiveram classificações dependentes das posições de pés e três foram classificadas como não estacionárias. Quanto à variabilidade postural, os resultados apontam que foram pequenas e semelhantes em todas as posições de pés, não sendo possível apontar uma única posição que apresentasse a menor variabilidade. A posição AR foi a que teve menor sensação subjetiva de desconforto. Concluiu-se que a maioria das variáveis posturais apresentam características estacionárias, que as posições de pés não interferem nos resultados.