"Há distância entre intenção e gesto" : a esquerda no poder e o combate às desigualdades no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ghisolfi, Juliana do Couto
Orientador(a): Castro, Henrique Carlos de Oliveira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/215256
Resumo: Na América Latina, o século XXI teve início com a ascensão de governos de partidos considerados de esquerda. No caso brasileiro, a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, foi o marco desse movimento. O cenário regional despertou expectativas e esperanças de transformações nas sociedades tão marcadamente desiguais. No entanto, medidas implementadas pelo governo do Partido dos Trabalhadores no Brasil não pareciam exatamente voltadas a combater as desigualdades no país. Acordos e leis em favor do setor do agronegócio, obras ligadas a projetos do regime militar, entre outras, levaram a alguns questionamentos: afinal, o governo do PT é de esquerda? As contradições entre discurso e práticas do partido no poder afetam, de alguma maneira, as políticas de combate às desigualdades socioeconômicas que caracterizam o Brasil? O que explica a perpetuação de tantas desigualdades no país? Para buscar compreender a situação, foram revisitados clássicos do Pensamento Político e do Pensamento Social Brasileiro e foram analisados os dados de algumas das Políticas Sociais adotadas ao longo do período de 1995 a 2014, voltadas ao combate às desigualdades sociais. As semelhanças dos resultados de diversas medidas implementadas nos governos do PSDB (1995-2002) e nos governos do PT (2003-2014) indicam que o discurso ideológico do partido que ocupa o poder não possui papel definidor das ações realizadas, pois limites impostos pelo próprio sistema político e econômico impedem reformas que alterem os privilégios da elite econômica e política.