Experiências de pessoas que usam drogas : a aposta nas narrativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Rafael Wolski de
Orientador(a): Palombini, Analice de Lima
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/237475
Resumo: O uso de drogas tem se configurado como uma temática de interesse em diversas áreas de conhecimento na contemporaneidade. Em sociedades onde impera o proibicionismo de determinadas substâncias, percebe-se que o uso de drogas ilícitas traz repercussões nos modos de compreender este fenômeno, nos modos de atuação dos agentes das políticas públicas e nos processos de subjetivação da sociedade como um todo e, principalmente, dos usuários destas substâncias. Desta forma, esta tese de doutoramento em psicologia social e institucional busca discutir o uso de drogas ilícitas e as implicações com os processos de subjetivação contemporâneos. Com base no método constelar do pensamento, inspirado no filósofo Walter Benjamin, e tendo a pesquisa narrativa como metodologia de coleta e análise dos dados ligando de forma indissociável ambas as etapas no processo de pesquisa, produziram-se constelações de narrativas de usuários de drogas ilícitas. As narrativas apresentadas são consideradas a parte central desta tese, como um convite a falar, através da pesquisa, vozes que geralmente são silenciadas nas produções ou disputas neste campo problemático. A partir das narrativas construídas, no encontro entre pesquisador e entrevistados, autores que contribuem na perspectiva de construção da subjetividade de forma histórico-político-social foram convidados a compor a escrita, assim como outros do campo da cultura como da música, pintura e literatura. As constelações aqui expostas convidam os leitores a olhar sobre as diferentes concepções de redução de danos, a decolonialidade e o uso de drogas, o proibicionismo como extermínio, silenciamento e encarceramento de determinados grupos sociais e a questão das Comunidades Terapêuticas como equipamentos de tratamento para uso considerado prejudicial.