Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
De Carli, Lúcio |
Orientador(a): |
Revillion, Jean Philippe Palma |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/143720
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Resumo: |
A participação do Brasil no mercado externo sofreu nas últimas décadas uma influência muito grande do Agronegócio, impulsionada principalmente pelo aumento da exportação de commodities agrícolas. O presente estudo se propôs a entender como esse processo impactou o desenvolvimento econômico nacional. Para isto, considerou-se a totalidade das exportações em volume e valor das diferentes categorias de produtos comercializados no Agronegócio no período de janeiro de 2008 a julho de 2016. Analisou-se uma base com mais de 8 milhões de registros e 1.314 categorias. Utilizou-se a ótica da classificação setorial por intensidade tecnológica de Keith Pavitt (1984) e Laplane (2001) para identificar os diversos setores. Esta dissertação é composta por dois artigos científicos. No primeiro deles, mensurou-se o grau de correlação entre o dólar e as exportações brasileiras de maneira a verificar se a hipótese inicial de que um aumento da taxa de cambio promove um aumento proporcional do total faturado nas exportações. Conclui-se que, ao contrário do esperado, os resultados sugerem que o grau de correlação de Pearson entre o valor exportado e a taxa de câmbio possuem resultados de intensidade média e fraca segundo a escala de Cohen (1988). Além disso, identifica-se que produtos classificados como “Intensivos em Pesquisa e Desenvolvimento” e “Intensivos em Economias de Escala” possuem forças de correlação mais fortes com a taxa de cambio que “Produtos Primários”, “Intensivos em Trabalho” e “Intensivos em Recursos Naturais”. No segundo artigo é apresentado o grau de concentração dos destinos de exportação do agronegócio no período de janeiro de 2008 a julho de 2016.Para analisar os dados utilizou-se o método do Market-Share e o índice de Herfindahl- Hirschman. Os resultados sugerem que existe um elevado índice de concentração por destino de exportação. Os “Produtos Intensivos em P&D” registram os mais altos índices de concentração de mercado nos 5 maiores importadores do Brasil (Estados Unidos, Índia, Holanda, China e Alemanha). Os “Produtos de Economia de Escala”, tiveram um aumento no faturamento das exportações provocadas por uma maior concentração dos dois maiores importadores (Estados Unidos e China). Os resultados da “Indústria Intensiva em Trabalho” e “ Intensiva em Recursos Naturais” foram muito similares ao analisar o nível de concentração destes mercados e não tiveram variações ao longo do tempo analisado. Os resultados dos “Produtos Primários” são fortemente impactados pelo poder do mercado Chinês. A perspectiva apontada na literatura sobre a característica dos itens de maior intensidade tecnológica está diretamente relacionada com a possibilidade de comercializar produtos mais sofisticados e, consequentemente, menos dependentes de aspectos relativos ao preço. Os resultados da correlação de Pearson obtidos neste estudo sugerem que a diferenciação proposta na categoria de alta intensidade não está sendo efetiva. Além disso, ocorreu uma maior concentração dos destinos de exportação no período analisado. |