Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Débora de Oliveira |
Orientador(a): |
Castro, Henrique Carlos de Oliveira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/212717
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Resumo: |
A personalidade é um conjunto de características individuais relativamente estáveis que moldam, em grande parte, como os indivíduos reagem diante de diferentes situações e estímulos, inclusive os políticos. Para compreender de que forma ela pode auxiliar na explicação de fenômenos políticos, este trabalho teve como objetivo discutir a utilização da personalidade como dimensão analítica nos estudos sobre comportamento político. Para tanto, realizou-se uma revisão bibliográfica, na qual foram abordados: (i) os modelos teóricoexplicativos já existentes (Sociológico, Psicossociológico e da Teoria da Escolha Racional), discutindo os contornos teórico-epistemológicos, bem as contribuições e limitações analíticas desses modelos para o estudo do comportamento político; (ii) a definição de personalidade; e (iii) os resultados de pesquisas que já a utilizaram como dimensão analítica do comportamento político. Verificou-se que os modelos teórico-explicativos Sociológico, Psicossociológico e da Teoria da Escolha Racional contribuem para a compreensão de fatores individuais e sociais, mas são insuficientes para explicar os processos psicológicos associados ao comportamento político. Por outro lado, constatou-se que a personalidade pode complementar esses estudos por explicar como diferenças individuais influenciam nos padrões reflexivos, emocionais e comportamentais, bem como por evidenciar a influência conjunta de fatores contextuais e sociais. A partir destas discussões, um modelo alternativo foi proposto a nível teórico, no qual o comportamento político é explicado tanto pelas dimensões atitudinais e disposicionais de personalidade, quanto pelos contextos distais e proximais dos modelos anteriormente discutidos. Conclui-se que a inclusão da personalidade como dimensão analítica possibilita a compreensão dos processos psicológicos presentes no comportamento político, com potencial para responder às gradações observadas empiricamente, e que sua utilização viabiliza a proposição de modelos alternativos que podem avançar na compreensão do fenômeno. |