Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Hoffmeister, Mariana Costa |
Orientador(a): |
Rodrigues, Ticiana da Costa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276557
|
Resumo: |
Cerca de um terço dos pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (DM1) apresenta hipertensão arterial sistêmica (HAS), fator de risco bem estabelecido para complicações micro e macrovasculares nessa população. HAS também é um fator de risco para doença cardiovascular, a principal causa de morte entre pacientes com diabetes. Alterações pressóricas são comuns em pacientes com diabetes e podem indicar o desenvolvimento de complicações. No entanto, as medidas pressóricas apenas de consultório podem não identificar alterações precoces na homeostase pressórica. A monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) em 24 horas oferece informações sobre mais parâmetros e padrões pressóricos, permitindo melhor predição de desfechos cardiovasculares a longo prazo. O objetivo dessa dissertação foi avaliar o papel da MAPA como possível fator preditor de desfechos micro e macrovasculares em paciente com DM1 ainda normotensos, através da realização de revisão sistemática com metanálise de estudos de coorte. Foram encontrados 364 artigos (Embase: 187, Lilacs: 3, PubMed: 111, Web Of Science: 63), sendo 49 duplicados. Após análise de títulos e resumos, restaram 24 artigos para leitura completa. Destes, 6 se enquadraram nos critérios de inclusão. Foi encontrado mais 1 artigo por busca manual nas referências dos incluídos. Nos 7 estudos incluídos, o número total de participantes foi de 635, média de idade de 25,8 ± 6,2 anos, 57,5% homens, tempo médio de diabetes de 11,8 ± 5,3 anos, hemoglobina glicada (HbA1c) média 8,5% ± 1,6 e tempo de seguimento médio em torno de 4,2 anos. Medidas mais baixas de pressão arterial (PA) sistólica noturna – medida de diferença (MD) -4,37 mmHg (IC 95% -6,96; -1,79, p=0,0009, I² 30%) e PA diastólica noturna MD -3,97 mmHg (IC 95% -5,85; -2,10, p<0,0001, I² 0%,) - foram associadas à menor incidência de albuminúria. Em relação ao desfecho ocular, pacientes que não progrediram apresentaram níveis mais baixos de PA diastólica noturna - MD -3,62 mmHg (IC 95% -7,18; -0,06, p=0,042, I² 0%), PA diastólica diurna - MD -2,69 mmHg (IC 95% -4,84; -0,55, p=0,0138, I² 0%) - e de PA diastólica em 24h - MD -3,65 mmHg (IC 95% -6,56; -0,75, p=0,037, I² 0%). Não foram encontrados estudos com avaliação de desfechos macrovasculares nem de neuropatia. Em conclusão, padrões pressóricos identificadas pela MAPA em pessoas com DM1 ainda normotensas em consultório foram associadas com risco de desenvolvimento de nefropatia e desenvolvimento ou progressão de retinopatia. |