Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pauliello, Rafael Jose |
Orientador(a): |
Brandelli, Adriano |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/233076
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Resumo: |
A listeriose, causada pela bactéria Listeria monocytogenes, constitui uma importante doença transmitida por alimentos (DTA), podendo causar hepatite subclínica em indivíduos hígidos, aborto em gestantes e meningite, encefalite, rombencefalite e óbito em indivíduos imunodebilitados ou imunodeficientes. Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o número de casos anuais de listeriose invasiva nos EUA é em torno de 1.600 ocorrências, com uma taxa de mortalidade de 16,2% e segundo o Rapid Alert System for Food and Feed (RASFF), na união européia, cerca de 2.500 ocorrências anuais, também com uma taxa de mortalidade de 16,2%. Nisina é um peptídeo antimicrobiano catiônico (CAMP) autorizado pelo Food and Drug Administration (FDA) para uso como conservante alimentar, bastante eficaz contra L. monocytogenes. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o efeito inibitório (OD/UFC) e a expressão de genes associados à resistência (RT-qPCR) de L. monocytogenes exposta à nisina nas formas livre e nanoencapsulada em lipossomos de fosfatidilcolina do tipo vesículas unilamelares grandes (LUVs). Para isso, foram produzidas amostras contemplando 4 condições experimentais distintas: A ausência de nisina, nisina livre (100 mg/L e 1 mg/L), lipossomo branco e nisina nanoencapsulada. Foi demonstrada a ocorrência de forte redução do efeito inibitório da nisina nanoencapsulada comparativamente à nisina livre, inclusive com aumento da taxa de crescimento acima do cultivo sem nisina, sugerindo que possivelmente a fosfatidilcolina esteja promovendo o enriquecimento do meio de cultivo. Tanto a resposta temporal como o estudo dose dependente, demonstraram um forte aumento na expressão dos genes sigB e ctsR (361% e 319% na resposta temporal e 512% e 576% no estudo dose dependente, respectivamente) e uma forte redução na expressão dos genes virR, kat e lmo1433 (57%, 89% e 91% na resposta temporal e 59%, 87% e 81% no estudo dose dependente, respectivamente), sugerindo que nos cultivos com nisina livre a modulação da resistência à nisina possivelmente seja realizada através de sigB e sugerindo que as defesas contra o estresse oxidativo possivelmente não tenham muita contribuição para a resistência à nisina. Com relação à expressão gênica diferencial entre nisina nanoencapsulada e nisina livre 100 mg/L, foi demonstrado um aumento extremamente forte na expressão de ctsR, dnaA e virR (2.004%, 1.500% e 4.764%, respectivamente), um aumento muito forte na expressão de prfA e lmo1433 (583% e 234%, respectivamente) e uma redução muito forte na expressão de kat (32%), sugerindo que nos cultivos com a sinalização da fosfatidilcolina, a modulação da resistência à nisina possivelmente seja realizada, além de sigB, através do aumento na expressão de viR, sugerindo que possivelmente o microrganismo esteja interpretando erroneamente estar no hospedeiro, aumentando a expressão dos fatores de virulência através do regulador prfA e corroborando que possivelmente a fosfatidilcolina esteja promovendo o enriquecimento do meio de cultivo. |