Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Castanho, Juliana Araujo |
Orientador(a): |
Meurer, Luíse |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/129702
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Estudos que avaliaram a concordância diagnóstica entre patologistas entre pólipos hiperplásicos (PH) e pólipos sésseis serrilhados (PSS) demonstraram uma grande variabilidade interobservador mesmo entre especialistas em patologia gastrointestinal. O protocolo de acompanhamento dos PSS não é modificado conforme a localização da lesão e isto pode ser determinado por eventuais diferenças na expressão das proteínas MLH1 e MSH2. OBJETIVOS: Identificar diferenças na concordância diagnóstica que podem reforçar a necessidade de estratégias específicas para melhorar a uniformidade dos diagnósticos. Avaliar a expressão imuno-histoquímica das proteínas MLH1 e MSH2 entre lesões dos hemicólons direito e esquerdo. MÉTODOS: Foram revisados 132 exames anatomopatológicos com diagnóstico de pólipo séssil serrilhado ou pólipo hiperplásico por dois patologistas com ênfase em gastroenterologia e um terceiro sem ênfase em gastroenterologia. Foram realizados exames imuno-histoquímicos para avaliação da expressão das proteínas MLH1 e MSH2 em 108 lesões. RESULTADOS: Foram realizadas duas avaliações por um dos patologistas com ênfase em gastroenterologia para determinar a concordância intraobservador. Dos 64 PH, 2 (3,1%) foram reclassificadas como mucosa colônica normal e 4 (6,2%) foram rediagnosticados como PSS. Das 60 lesões inicialmente diagnosticadas como PSS, 1 (1,7%) foi reclassificada como PH. O teste de Kappa para concordância resultou no valor de 0,89. Os 117 pólipos que apresentaram concordância foram revisados pelo segundo patologista com ênfase em gastroenterologia. Dos 58 PH, 1 (1,7 %) foi readiagnosticado como mucosa colônica normal e 4 (6,9%), foram readiagnosticados como PSS. Dos 59 PSS, 4 (6,8%) foram rediagnosticadas como PH pelo segundo patologista. A variabilidade interobservador resultou em um valor de Kappa de 0,85. Os 108 pólipos que apresentaram concordância nas avaliações anteriores foram também analisados por um terceiro patologista sem ênfase em gastroenterologia. Dos 55 PSS, 25 (45,4%) foram diagnosticadas como PH pelo patologista geral. Todos os PH diagnosticados pelo patologista geral foram diagnosticados como pólipo hiperplásico pelos dois primeiros patologistas. O valor do teste Kappa para concordância entre os três patologistas foi de 0,54. O estudo imuno-histoquímico mostrou-se positivo em todas as lesões tanto para expressão da proteína MLH1 quanto para MSH2. CONCLUSÃO: O valor de Kappa encontrado de 0,89 para concordância intraobservador e 0,85 para interobservador entre os patologistas com ênfase em gastroenterologia mostra uma concordância classificada como alta. O valor de Kappa de 0,55 resultante da comparação entre os patologistas com e sem interesse especial em gastroenterologia, mostra uma concordância moderada. É importante considerar que nenhum pólipo hiperplásico diagnosticado pelo patologista geral recebeu o diagnóstico de pólipo séssil serrilhado nas avaliações anteriores. Com isso, podemos observar que a dificuldade diagnóstica está relacionada estritamente aos PSS e isso pode ser explicado pela subjetividade no diagnóstico destas lesões. |