Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Espíndola, Rafael Muniz |
Orientador(a): |
Zanatta, Cláudia Vicari |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/282828
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Resumo: |
A presente pesquisa encontra-se em um lugar cruzado, pensando-o como epistemologia para a criação em artes visuais a partir da posição de um umbandista-artista-pesquisador dentro e fora do terreiro e da academia. Esta dissertação está dividida em duas partes: Parte I, intitulada "Pião de Exú: despachando em Lugar Cruzado", onde são abordados conceito como Lugar Cruzado, como ser dois na academia e na terreira e desdobramento da série fotográfica e instalativa "Assentamentos"; e a Parte II, intitulada "Quatro-pé: o pi(e)ão, a ponteira, o pé e a pata", onde será tratado o resultado da participação na Zero Residência Artística realizada na cidade de Pelotas, a inserção de objetos no espaço público e reflexão acerca de noções a partir de dentro e fora. Em ambos volumes, cada qual com seu resumo e introdução próprios, as proposições partem do jogo simbólico, conceitual e linguístico onde a semântica e a sintaxe são abertas em estratégias de disputa com a história oficial tendo a religião e os saberes de terreiro como repertório imagético e a montagem e o jogo como procedimentos operatórios. a dissertação fez autores incorporarem Exú e Ogum em uma gira poética. O trânsito entre as diversas áreas do conhecimento, como arquitetura, religião, antropologia, etnografia e filosofia propõe uma possível resposta ao lugar de sujeito branco dentro do terreiro e como trabalhar para além dessa questão: como trabalhar com Exú? Walter Benjamin, Giorgio Agamben, Cusicanqui, Claude Lévi-Strauss, Muniz Sodré, Luiz Antonio Simas, Juana Elbein dos Santos, Jean Lancri, Exú Tiriri, Ogum Beira-mar, entre outros autores ampliaram o horizonte do Lugar Cruzado proposto como conceito operacional, assim como a montagem, Humaitá e Encruzilhada. O processo poético conta com associações livres de palavras como despachos nas esquinas, torcendo sua polissemia e enlaçando referenciais práticos como Cildo Meireles, Rommulo Vieira Conceição, Ana Maria Tavares e Ayrson Heráclito. Em um vai-e-vém prático-teórico a noção de terceiro incluído, como a dúvida ou ser dois ao mesmo são tentativas de transformar as reflexões levantadas em trabalho poético. Exú nos diz, com sua dicção particular, "agora me devolva o que é meu". |