Processos artísticos em ação : modos de fazer cidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Biasotto, Livia Donida
Orientador(a): Marzulo, Eber Pires
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/180538
Resumo: A ação que se desenha é oriunda das práticas artísticas realizadas por Leandro Machado e Ricardo Moreno em periferias de Porto Alegre; trata-se de processos artísticos em ação como modos de fazer cidade. Com método, inspirado na cartografia da ação de Ana Clara Torres Ribeiro, complementado por técnicas de pesquisa participativas, foi possível compor uma carta de navegação a partir da experiência dos artistas e dos encontros decorrentes disso, uma produção do espaço em forma de bricolagem, que intercala narrativas, sejam elas imagéticas ou textuais, relatos de caminhada, relatos testemunhos de uma instalação artística, seus usos, modos de fazer, poesia, saberes locais articulados e arte participativa com a comunidade. São ações que promovem visibilidades para esses espaços aos que Milton Santos atribui o conceito de opaco e para os homens lentos, possibilitando um compartilhamento estético e político – o que Jacques Ranciere chama de partilha do sensível. Isto é possível porque as ações são identificadas pelo que Michel de Certeau considera tática, são gambiarras que justificam os desejos de transformação desses espaços, conforme define Thais Portela, contrapontos às hegemonias de poder políticas e espaciais. A descrição dos modos de fazer dessas práticas artísticas é fundamental para uma compreensão mais ampla acerca da cidade, por privilegiar experiências do cotidiano que também contribuem para pensar a extensão universitária e a interlocução entre diferentes agentes sociais e pesquisadores; essas são práticas sociais que podem ser pensadas também como uma ferramenta para o planejamento, gestão e construção de políticas públicas urbanas, culturais e educativas.