Relações filogenéticas da subfamília Delphininae (Delphinidae: Cetartiodactyla)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Wickert, Janaína Carrion
Orientador(a): Moreno, Ignacio Maria Benites
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/193660
Resumo: Historicamente, a classificação de Delphininae (Delphinidae, Cetartiodactyla) não vem se mostrando congruente com as principais hipóteses de relacionamento, uma vez que alguns gêneros aparentemente não são monofiléticos e outros vem sofrendo alteração no número de espécies. Ainda hoje não existe consenso sobre o número e composição dos gêneros existentes em Delphininae. Na maioria dos estudos prévios, Delphinus, Lagenodelphis, Stenella e Tursiops são agrupados juntos na subfamília com adições/deleções de outros gêneros. Neste estudo, avaliamos o esqueleto cranial, pós-cranial, morfologia externa e coloração em 21 taxa terminais, tendo pelo menos um representante de cada gênero tradicionalmente agrupado em Delphininae. Empregou-se a análise de parcimônia com pesos implícitos. As relações filogenéticas aqui recuperadas são um misto de congruências e conflitos com as hipóteses baseadas em dados morfológicos e moleculares. No entanto, há pontos de convergência que merecem destaque: recuperamos um clado composto por ((Sotalia guianensis + Sousa chinensis) + ((Stenella attenuata + Stenella frontalis) + ((Tursiops truncatus + Tursiops gephyreus) + ((Lagenodelphis hosei + Stenella coeruleoalba) + (Stenella longirostris + (Delphinus sp. + Stenella clymene)))))). Esse clado é, pelo menos no que se refere aos seus membros, muito semelhante ao clado recuperado por LeDuc et al. (1999) e igual ao clado recuperado na análise de Caballero et al. (2008), sendo as diferenças percebidas apenas nas relações entre as espécies. O segundo ponto diz respeito ao gênero Stenella, que tradicionalmente é considerado não-monofilético. O presente estudo corrobora a polifilia de Stenella e assim como Rice (1998), sugere a divisão do grupo em pelo menos 3 gêneros.