Efeitos de uma intervenção educativa na alfabetização em saúde de idosos na atenção primária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Serbim, Andreivna Kharenine
Orientador(a): Paskulin, Lisiane Manganelli Girardi
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/219849
Resumo: Introdução: O conceito da alfabetização em saúde é relativamente novo no Brasil. É definida como o grau em que as pessoas estão aptas para acessar, entender, avaliar e comunicar informações de saúde, a fim de manter e promover a saúde ao longo da vida. Os idosos podem ser marginalizados com relação à mesma, o que determina a necessidade de intervenções educativas. Objetivo: analisar os efeitos de uma intervenção educativa na alfabetização em saúde de idosos vinculados à atenção primária do município de Arapiraca/Alagoas, oferecida por uma enfermeira, quando comparada ao atendimento de saúde usual de idosos. Métodos: estudo quase-experimental, do tipo grupo controle não equivalente, com abordagem de métodos mistos. Os participantes do estudo foram os idosos cadastrados em duas unidades de saúde do Município. A amostra calculada foi de 21 idosos no Grupo Intervenção (GI) e 21 no Grupo de Comparação (GC). No baseline e follow up foi avaliada a alfabetização em saúde utilizando os instrumentos Short Assesment of Health Literacy for Portuguese-Speaking Adults e Health Literacy, além de hábitos de saúde da Caderneta do Idoso. A intervenção Alfa-Saúde durou cinco meses e foi realizada semanalmente. As variáveis categóricas foram expressas como frequência relativa e variáveis contínuas foram expressas por mediana e intervalo interquartil. Para a comparação dos dados no baseline e follow up e para a comparação dos dados entre o GI e o GC, foram utilizados testes T emparelhado e teste T independente. O teste de McNemar foi realizado para comparar as proporções das variáveis categóricas estudadas entre os tempos (baseline e follow up). O GEE Model foi usado para comparar os grupos, os tempos e a interação. Foi realizada análise temática para os resultados qualitativos, utilizando como categorias as questões que compõem o instrumento Health Literacy. Essas categorias deram origem aos temas que foram utilizados para a comparação no baseline e follow up e entre o GI e GC. Para a triangulação, foram analisados os dados quantitativos e qualitativos buscando suas convergências e diferenças. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Nº CAAE: 72106817.2.0000.5347. Resultados: Houve efeito de interação entre os grupos ao longo do tempo nos escores da alfabetização em saúde, porém sem significância estatística. Hábitos de saúde (vacinação, três refeições diárias e consumo de carne) apresentaram efeito de interação(p≤0.05). Na etapa qualitativa, observou-se no GI o desenvolvimento das habilidades de acessar, comunicar e avaliar a informação em saúde e a estabilidade na habilidade de compreensão. Na triangulação verificou-se convergência dos resultados nas quatro habilidades com a melhora nos hábitos de saúde e pelo aumento do escore de alfabetização em saúde, ainda que sem significância estatística neste último. Conclusões: O Alfa-Saúde melhorou os escores e desenvolveu as habilidades de alfabetização em saúde, com idosos mais confiantes e críticos com relação à informação em saúde. Também mostrou-se como um dispositivo importante a ser realizado por enfermeiros para a mudança de hábitos de saúde e maior acesso à informação refletindo no autocuidado e no empoderamento dos idosos.