Inserção e permanência de bailarinas negras brasileiras no campo profissional da dança como representatividade negra e modo de resistência ao racismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Lemos, Anielle Conceição
Orientador(a): Silva, Suzane Weber da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/265954
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo compreender, identificar e analisar aspectos da representatividade de bailarinas negras brasileiras atuantes em companhias profissionais de dança no Brasil e no exterior. Para delinear metodologicamente este estudo, de cunho qualitativo, a coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas narrativas (Jovchelovitch; Bauer, 2002) e sua posterior análise sob o ponto da interseccionalidade. Como critérios estabelecidos, fizeram parte do estudo bailarinas negras, brasileiras, atuantes nos elencos de companhias de dança profissionais. Trata-se de companhias que pertencem ao campo da dança no âmbito da grande ou média produção, que possuem visibilidade no Brasil e no exterior. Buscando uma melhor compreensão do contexto étnico-racial nas artes e na dança profissional, utilizou-se material de apoio coletado da internet, como entrevistas, biografias, vídeos e reportagens sobre artistas mulheres em escala internacional, artistas de pioneirismo para a inserção de mulheres negras na dança, bem como histórias de bailarinas contemporâneas que utilizam a dança como forma de ativismo e incentivo para a ocupação de espaços profissionais. A partir das coletas, transcrição, organização e análise de dados, traçou-se um olhar e reflexão teórica através da perspectiva interseccional (Crenshaw, 1991; Carneiro, 2003a; 2003b; Gonzalez, 2020), dialogando com autoras que abordam feminismo negro (Ribeiro, 2019; Davis, 2017; hooks, 2019a; 2019b; Collins, 2000), feminismo nas artes (Hollanda, 2018), lugar de fala (Ribeiro, 2019), empoderamento (Berth, 2019), racismo estrutural (Almeida, 2019) e estereótipo do corpo negro que dança (De Paula; De Paula, 2015), que auxiliaram a compreender as possibilidades e dificuldades de inserção de mulheres negras na dança profissional, bem como os discursos sobre visibilidades de bailarinas negras em elencos de grande projeção nacional e internacional.