Mucosite bucal em pacientes oncológicos pediátricos submetidos a alta dose de metotrexato : prevalência, relação com outras toxicidades e eliminação do MTX

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Valer, Jéssica Berté
Orientador(a): Martins, Manoela Domingues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/252742
Resumo: O metotrexato (MTX) é um quimioterápico amplamente utilizado no tratamento do câncer infantil e a mucosite bucal (MB) é um dos seus principais efeitos adversos. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação do desenvolvimento da MO com o tempo de depuração do MTX, toxicidade renal e hepática em pacientes oncológicos pediátricos que receberam altas doses de metotrexato (AD-MTX). Foram acompanhados oitenta e três pacientes infantis (de 0 a 18 anos) submetidos à quimioterapia com AD-MTX (> 1 g / m²) em tratamento para leucemia, osteossarcoma ou linfoma. Informações sobre o nível sérico de MTX (excreção de MTX) foram obtidas a cada 24 horas após a infusão deste, até atingir o nível sérico de 0,2 μM. Amostras de sangue foram coletadas para avaliação das análises da função hepática e renal durante cada ciclo do MTX. A MB foi avaliada diariamente de D1 a D15 usando a escala da OMS em cada ciclo. Os pacientes totalizaram 255 ciclos de quimioterapia com infusão de AD-MTX. MB foi diagnosticada em 191 (74,9%) dos ciclos de quimioterapia. Destes, 119 (46,6%) apresentaram lesões ulceradas (graus 2, 3 e 4). Não foi encontrada associação entre a excreção tardia do MTX e o desenvolvimento de MB. Pacientes com linfoma foram associados a graus severos de MO (p = 0,01) e nestes pacientes, a MO apresentou associação com a elevação dos níveis de aspartato aminotransferase (p = 0,006), alanina aminotransferase (p = 0,04) e creatinina (p = 0,008). A regressão de Poisson demonstrou que pacientes o aumento em uma unidade de bilirrubina total leva um aumento da prevalência de MB em 11%. O aumento em uma unidade de bilirrubina indireta aumenta a prevalência de MB em 39%. Em pacientes com linfoma o aumento de uma unidade de creatinina induziu prevalência 37% maior de MB. Conclusão: A MB é uma complicação prevalente em pacientes com câncer infantil submetidos ao AD-MTX, principalmente em pacientes com linfoma. Estratégias preventivas para MB devem ser utilizadas nestes pacientes