Avaliação hemodinâmica e homogasomêtrica de cadelas submetidas à ovariohisterectomia videolaparoscópica, sob anestesia geral intravenosa contínua com propofol e fentanil, com ou sem o uso de infusão contínua de atracúrio, mediante ventilação controlada com pressão expiratória final positiva ou não.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Muccillo, Marcelo de S.
Orientador(a): Mello, Joao Roberto Braga de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/13687
Resumo: A cirurgia laparoscópica requer a criação de um espaço de trabalho intraabdominal, através do pneumoperitônio, e para isto utiliza-se o dióxido de carbono (CO2). As alterações sistêmicas relacionadas ao sistema respiratório ocorrem pelo aumento da pressão intra-abdominal, resultando em diminuição da complacência pulmonar, atelectasia, hipercarbia e hipóxia. A insuflação de CO2 com pressões intraabdominais acima de 8 mmHg produz alterações hemodinâmicas significantes, caracterizadas por decréscimo do débito cardíaco, elevação da pressão arterial. Para que a homeostase hemodinâmica e respiratória seja mantida são necessários protocolos anestésicos adequados e métodos de ventilação mecânica como, por exemplo, a pressão expiratória final positiva final (PEEP). O presente trabalho teve por objetivo avaliar e comparar quatro protocolos anestésicos e ventilatórios distintos em cadelas submetidas à ovariohisterectomia videolaparoscópica eletiva, com uso de pneumoperitônio com CO2 e 12 mmHg de pressão intra-abdominal, sob anestesia geral total intravenosa. Para isso, 16 caninos foram distribuídos em quatro grupos: no grupo 1 (Zeepbloq) os animais receberam atracúrio (0,5 mg.kg-1), propofol (5 mg.kg-1) e fentanil (2 mcg.kg-1), todos em bolus, por via intravenosa, e seguiu-se com infusão contínua de atracúrio (0,5 mg.kg-1/hora), propofol (0,4 mg.kg-1/minuto) e fentanil (2 mcg.kg-1/hora) por bomba de infusão, e não foi realizada PEEP; no grupo 2 (Peepbloq) administrou-se o mesmo protocolo anestésico, porém realizou-se a PEEP de 10 cm de água; no grupo 3 (Zeep) os animais receberam o mesmo protocolo anestésico, com exceção bloqueador neuromuscular, e não foi realizada PEEP; no grupo 4 (PEEP) os indivíduos receberam o mesmo protocolo do grupo 3, porém realizou-se PEEP. Para o procedimento cirúrgico foi realizado pneumoperitônio de 12 mmHg com CO2 com duração variável. Foram avaliadas as seguintes variáveis: pressão arterial média, freqüência respiratória, saturação de oxigênio na hemoglobina, pressão parcial de dióxido de carbono expirado, freqüência cardíaca, eletrocardiografia e tempo do procedimento anestésico, do pneumoperitônio. Para hemogasometria foi realizada a coleta de sangue arterial, sendo obtidas variáveis de pH, pressão parcial de O2 e CO2, bicarbonato, CO2 total, excesso/déficit de bases e saturação arterial de oxigênio na hemoglobina. Não foram observados valores que representassem diferença estatística significativa entre os grupos (p<0,05). No entanto, houve diferença significativa (p<0,05) entre momentos avaliados a para pressão arterial de oxigênio, a pressão arterial média e a temperatura, independente do protocolo empregado. Ambos os protocolos empregados, anestésico e de ventilação, foram satisfatórios e, de acordo com a metodologia empregada, pode-se concluir que animais submetidos à ventilação com PEEP não apresentaram benefícios significativos quando comparados com animais ventilados com ZEEP, independente do uso ou não de bloqueador neuromuscular.