Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Souza, Josiane de |
Orientador(a): |
Ostermann, Fernanda |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/114832
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Resumo: |
Tem-se percebido uma expressiva expansão de mestrados profissionais (MP) na área de Ensino desde a homologação pela Capes, em 2001, de um documento que afirma a necessidade de desenvolvimento da pós-graduação profissional e o ajustamento do sistema de avaliação às características desse segmento. Considerando que a academia tem designado pouca atenção a essa modalidade de formação continuada, achamos instigante e necessário um trabalho que se voltasse a questões do MP no âmbito dessa área. Por ser pioneiro na extinta área de Ensino de Ciências e Matemática, o MP em Ensino de Física (MPEF) do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul foi escolhido como objeto de estudo. Esse trabalho teve como objetivo investigar a apropriação discursiva do modelo de formação docente com a qual o MPEF da UFRGS se compromete em três trabalhos de conclusão desenvolvidos por alunos do curso. Através de análise bakhtiniana da proposta inicial do curso e de seu currículo, considerados como contexto-extraverbal, pudemos depreender que o modelo de formação propagado por esse programa de pós-graduação é o do especialista técnico. Em seguida, também através de análise bakhtiniana, pudemos depreender a forma como os professores-alunos se apropriam do discurso propagado pelo programa em seus trabalhos de conclusão, considerados como enunciados. Os resultados de nossa pesquisa apontam que os trabalhos de conclusão analisados apresentam responsividade voltada para os teste de avaliação nacionais e internacionais, para o referencial teórico do trabalho ou para as políticas educacionais, mas não para a realidade das escolas ou questões próprias da sala de aula. Assim como a direcionalidade, que foi voltada à academia, os trabalhos de conclusão geralmente se dirigem à figura do professor orientador e aos docentes do programa, possíveis membros da banca avaliativa. Os contextos extraverbais individuais se mostraram importantes nas escolhas dos professores-alunos sobre conteúdo, referencial teórico e nível de ensino para qual os produtos educacionais foram elaborados. Mas, ainda que esses contextos fossem bem diferentes entre si, todos os trabalhos de conclusão exibem indícios da racionalidade técnica, característica fundamental do modelo do professor especialista técnico. Por ser esse modelo o propagado pelo MPEF, pudemos entender que há fortes indícios de apropriação deste discurso pelos professores-alunos nos trabalhos de conclusão analisados. |