Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Matos, Salete de |
Orientador(a): |
Goldani, Marcelo Zubaran |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/223163
|
Resumo: |
Objetivo: Avaliar a influência da percepção de estilo parental no vínculo materno, e do vínculo materno no crescimento da criança, nos primeiros seis meses de vida. Metodologia: Estudo observacional longitudinal, entre 2011 e 2016, utilizando uma amostra de mulheres expostas a diferentes condições clínicas, durante a gestação, residentes em Porto Alegre. A amostra foi acompanhada aos 7, 15, 30, 90 e 180 dias, após o parto, e foi dividida em cinco grupos, conforme as condições clínicas gestacionais: diabetes mellitus, hipertensão, tabaco, pequeno para idade gestacional e controle. O estilo parental materno foi avaliado através do Parental Bonding Instrument; os sintomas depressivos maternos foram medidos pelo Edimburg Postpartum Depression Scale; o vínculo materno foi medido através do Parental Bonding Questionnaire; e os dados antropométricos das crianças foram medidos nas entrevistas, em todas as visitas. Foi realizada ANOVA com post-hoc de Tukey e o Kruskal-Wallis com post-hoc de Dunn, para comparar as médias e medianas das variáveis de interesse, entre os grupos em estudo; o qui-quadrado, para verificar associação entre as variáveis de interesse e os grupos em estudo. A correlação de Spearman, para verificar a correlação entre o vínculo materno e o crescimento infantil, aos três e seis meses, e para verificar a correlação entre as variáveis contínuas e a percepção de estilo parental materno. A modelagem de Equações Estruturais foi usada para testar diferentes hipóteses, entre estilo parental materno e vínculo materno, com a mediação de sintomas depressivos. O uso do modelo de Equações de Estimações Generalizadas serviu para comparar as médias das variáveis estudadas, que foram medidas ao longo dos seis meses. Quando significativo, o teste post-hoc de Bonferroni foi utilizado, para identificar as categorias distintas. O processamento e as análises dos dados foram feitos por intermédio do software SPSS versão, 18.0, e pelo Software R. Resultados: Participaram do estudo 179 mães. Identificamos uma associação entre vínculo materno prejudicado e crianças de menor peso e estatura para a idade aos três meses de vida. Aos seis meses de vida, o vínculo materno prejudicado com a criança esteve associado com peso para a estatura, no peso para a idade e no índice de massa corporal para idade (IMC/I). A proteção materna percebida correlacionou-se positivamente com o fator de ansiedade. O cuidado materno percebido foi mediado pelos sintomas de depressão no pós-parto, e influenciou o fator de vínculo geral, o fator de rejeição e raiva e o fator de ansiedade. Conforme o resultado da interação dos escores de IMC/I, da relação do vínculo materno com o tempo de vida da criança, ajustados por aleitamento materno e contato pele a pele, nossos achados sugerem que o crescimento das crianças modifica-se, segundo a relação de vínculo que as mães têm com a criança nos primeiros seis meses de vida. Conclusão: Nossos achados sugerem que o tipo de estilo parental que a mãe exerce sobre seu filho influenciou no vínculo dela com a criança, aos seis meses de vida, sendo mediado pela ocorrência de sintomas depressivos maternos no período do pós-parto. Além disso, encontramos uma associação entre o vínculo materno e o crescimento da criança, nos primeiros seis meses de vida. |