Sindicalismo e inovação tecno-organizacional : a experiência da Central Única dos Trabalhadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Cotanda, Fernando Coutinho
Orientador(a): Larangeira, Sônia Maria Guimarães
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/268095
Resumo: A presente tese problematiza a relação entre sindicalismo e processo de trabalho em um contexto de inovações tecno-organizacionais, focalizando diferentes níveis e dimensões das atuações da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e das entidades a ela filiadas que estiveram orientadas para exercer influência sobre os processos de inovação. Ao longo das décadas de 80 e 90, o sindicalismo “cutista” afirmou formalmente, através de suas resoluções congressuais, a pertinência política de conquistar influência sobre as inovações tecnológicas e organizacionais que modelam o processo de trabalho. O referido sindicalismo procurou dar consecução a esse objetivo em diferentes ambientes: institucionais, legais, meso e microrregulatórios. A partir da reconstrução dessa trajetória, constatamos o limitado êxito da atuação “cutista” em influenciar, de forma efetiva, os processos de inovação. Concedemos primazia à pesquisa e à análise dos obstáculos à influência sindical sobre os quais o sindicalismo possui maior governabilidade, concluindo que o limitado desenvolvimento de capacitação por parte da CUT condicionou fortemente aquele resultado. A despeito do predomínio das ações meramente reativas frente às inovações, o sindicalismo “cutista” produziu experiências singulares, como a do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a da Comissão de Fábrica da Mercedes-Benz de São Bernardo do Campo. A análise deste último caso mostrou ser exegüível a edificação de posturas pró-ativas frente aos processos inovativos mediante o desenvolvimento de diferentes formas de capacitação.