Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Braga, Marina Terra |
Orientador(a): |
Poli, Cesar Henrique Espirito Candal |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/262549
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Resumo: |
O campo nativo do bioma Pampa possui grande biodiversidade de plantas, algumas das quais com concentrações significativas de compostos secundários, como taninos. A inclusão de taninos na dieta de ruminantes pode melhorar a qualidade e a produtividade da carne. No entanto, a ingestão voluntária desse composto fenólico ainda é um desafio. Esta tese inclui três estudos dentro deste contexto. O primeiro estudo questionou se os ovinos consomem a tanífera Desmodium incanum (DI), a espécie de leguminosa mais comum no Pampa. O segundo estudo avaliou como a seleção da dieta em ovinos é influenciada pela concentração de taninos e proteínas, além de avaliar os efeitos da dieta escolhida em parâmetros de desempenho. O terceiro estudo avaliou o comportamento alimentar de ovinos em pastagem nativa do Pampa, e como ele é influenciado pela estação do ano, características do pasto e infecção parasitária. O pastejo de DI foi observado através do método de plantas marcadas. Após três dias de pastejo pelo menos 70% das plantas foram pastejadas. No segundo estudo, o consumo diário total diminuiu quando o tanino foi adicionado à ração preferida, com alto teor de proteína. No entanto, quando a alimentação isenta de tanino não foi uma opção, a inclusão de 4% extrato de tanino não afetou o consumo diário total, além de diminuir nitrogênio ureico do sangue e aumentar excreção de nitrogênio fecal. Ganho médio diário não foi afetado pela adição de tanino. O tempo de pastejo foi maior no outono, enquanto a primavera e o verão não apresentaram diferença. O tempo de ruminação diminuiu com a duração da luz do dia: o valor da primavera foi maior que o do verão, que foi maior do que o do outono. Houve uma correlação positiva moderada entre a porcentagem de material morto no pasto e o tempo percentual de pastejo (P<0,000, r = 0,462), e uma correlação negativa moderada entre o material morto e o tempo de ruminação (P<0,000, r = -0,488). Quando bem manejado, o campo nativo do bioma Pampa oferece condições ótimas para a ovinocultura sustentável, produzindo carne de alta qualidade, resultante da ingestão de taninos no pasto. Mais estudos são encorajados a abordar o efeito da ingestão de taninos de DI nos resultados de desempenho. |