Um estudo taxonômico, filogenético e macroevolutivo aplicado a Coreidae (Hemiptera, Coreoidea)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Costa, Wanessa da Silva
Orientador(a): Campos, Luiz Alexandre
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/245852
Resumo: Coreidae compreende percevejos fitófagos, popularmente conhecidos como percevejos pésde-folha, devido às expansões presentes nas tíbias posteriores. A família é dividida em quatro subfamílias, Hydarinae, Meropachyinae, Pseudophloeinae e Coreinae, esta última a mais diversa. Nematopodini é uma das 32 tribos de Coreinae e caracterizada principalmente por: antenômeros desarmados e ocupando boa parte da cabeça; fêmur posterior robusto, principalmente nos machos; conjuntiva com escleritos e vésica não espiralada. Dentre os 22 gêneros da tribo, Pachylis e Thasus incluem as maiores espécies, com histórico taxonômico em comum e considerável similaridade morfológica. Ambos são caracterizados pelo antenômero III dilatado, ângulo umeral nunca expandido como uma asa, superfície ventral do fêmur posterior sem espinhos e tíbia posterior dilatada na curvatura interna. São diferenciados pela expansão dorsal na tíbia posterior, presente em Thasus e ausente em Pachylis. As revisões taxonômicas existentes trataram brevemente a similaridade entre os gêneros, deixando em aberto discussões mais profundas ou qualquer análise sobre sua proximidade. Por conta disso, foi realizada uma filogenia de Pachylis, incluindo Thasus como grupo externo, a fim de testar a monofilia e averiguar suas relações interespecíficas. Pachylis foi recuperado como monofilético e Thasus parafilético, com Thasus rutilus como grupo irmão de Pachylis e as demais espécies de Thasus formando o clado irmão de T. rutilus+Pachylis. Propõe-se considerar Thasus sinônimo junior de Pachylis, sendo apresentada uma redescrição de Pachylis, uma lista de espécies com suas respectivas listas sinonímicas, e uma chave de identificação. Previamente a análise filogenética, Pachylis laticornis é redescrita incluindo P. furvos como novo sinônimo junior. O dimorfismo sexual, evidenciado pelas pernas posteriores dos machos robustas e armadas, foi alvo de um estudo evolutivo. A forma foi quantificada com o uso da morfometria geométrica. Foram comparadas as taxas evolutivas das pernas posteriores de machos e fêmeas com estruturas genitais e somáticas, mapeadas sobre a filogenia morfológia aqui proposta, com a inclusão de dados moleculares e fósseis como pontos de calibração do relógio molecular relaxado. Observou-se uma maior divergência evolutiva para as pernas posteriores dos machos em relação às das fêmeas. Contudo, as estruturas genitais de ambos os sexos apresentaram maiores taxas evolutivas quando comparadas a qualquer outra estrutura analisada, sendo expressivamente maior para a genitália feminina. São discutidas hipóteses para os resultados encontrados.