Pela voz de Zulmira Portella de Menezes, pelas mãos de Manoel de Araújo Schell : histórias do Tope escritas por um professor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Frizon, Josué Rodrigues
Orientador(a): Fischer, Luís Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/251779
Resumo: Este texto tem como objetivo narrar a trajetória de seu autor na busca por desvendar, inicialmente, a biografia de sua avó adotiva, Zulmira Portella de Menezes, ouvindo vozes de anciãos da comunidade na qual cresceu e ainda vive. Também, lançou-se à busca por conhecer um pouco a respeito da vida e do legado deixado por Manoel de Araújo Schell, primeiro professor de sua localidade. Além disso, buscou-se narrar histórias que denotam o processo de formação e ocupação do então povoado denominado Tope. Para tanto, utilizou-se de conversas e entrevistas informais, realizadas há mais de 10 anos, anotações, memórias coletivas e particulares, cadernos, livros, e diários fragmentados do referido professor, bem como fotografias e objetos antigos. Nesse processo, delineou-se a tese que apresenta a seguinte estrutura: o primeiro capítulo trata a respeito de como o autor, tendo em mãos uma caixa de memórias, que pertenceu a sua avó, passa a conversar com velhas senhoras, a fim de saber mais sobre a vida dela e do povoado. Do mesmo modo, apresenta o surgimento de um acervo de memórias e objetos que ajudam a contar histórias de vida dos habitantes do lugar onde reside. No segundo capítulo, além de narrativas de ordem ficcional, são tecidos comentários a respeito das primeiras famílias, construções, manifestações religiosas, como a passagem do monge João Maria de Agostini e o Combate ligado a Revolução Federalista de 1893. Já no terceiro capítulo enfatiza-se a vida e a escola do professor Manoel de Araújo Schell, bem como os seus diários e acervo bibliográfico. No que diz respeito ao quarto capítulo, traz-se narrativas sobrenaturais e de conhecimento dos moradores, envolvendo dois lugares estratégicos que são um capão de mato e um capão de jabuticaba. Ainda nesse mesmo capítulo, busca-se descrever a localidade do Tope, mais antigo núcleo populacional de Marau-RS, no que tange às suas transformações geográficas, sociais e culturais, explicitando a vida dos moradores que no local permanecem. Por fim, no quinto capítulo, são tecidas reflexões sobre o processo de pesquisa, a necessidade de registro das memórias ora colhidas, bem como a respeito da importância da memória coletiva, a fim de garantir que a história seja lembrada não só oralmente, mas também por meio da escrita.