Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Caimi, Flávia Eloisa |
Orientador(a): |
Axt, Margarete |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/8898
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Resumo: |
A formação inicial de professores tem se constituído em tela de fundo para numerosos e vigorosos estudos no âmbito da pesquisa em educação. Percebe-se, no entanto, que ainda permanecem pouco exploradas as abordagens que tratam da cognição do professor, colocando em relevo seus percursos de aprendizagem e desenvolvimento profissionais. Diante disso, esta tese aborda uma pesquisa-intervenção realizada junto a 26 acadêmicos finalistas do curso de História – Licenciatura Plena em situação de estágio curricular no segundo semestre do ano de 2004, de uma universidade comunitária do interior do estado do Rio Grande do Sul. Tomando como referência teórica a epistemologia genética de Jean Piaget e a filosofia da linguagem de Mikhail Bakhtin, os objetivos da pesquisa-intervenção consistem em analisar os sentidos produzidos pelos estagiários sobre a aula de história e perscrutar os processos de conceituação da ação docente desenvolvidos no período de estágio. Para tanto, foram mobilizadas duas principais estratégias metodológicas no decurso da disciplina, as quais ofereceram suporte tanto para a intervenção no processo de formação dos professorandos quanto para a coleta de dados da pesquisa, a saber: a) a inserção do grupo-sujeito num ambiente virtual de aprendizagem especialmente proposto para a disciplina, com vistas a potencializar as trocas interindividuais e fomentar processos de conceituação da ação docente numa perspectiva coletiva e cooperativa e b) a instauração de um processo de escrita de memórias de aula, como condição possibilitante para ampliar a capacidade de ver e de pensar a própria ação docente. As inferências e constatações produzidas no processo da pesquisa demonstram que o percurso investigativo-reflexivo dos professorandos sobre as próprias práticas pedagógicas possibilitou-lhes avançar progressivamente na produção de sentidos e na conceituação da ação docente, desde um primeiro patamar de consciência, tido como elementar ou periférico, passando por um segundo patamar, no qual a ação e a conceituação configuram-se paralelamente, até um terceiro patamar, em que a conceituação predomina sobre a ação docente, no plano da abstração refletida. A tematização/problematização dos seus processos cognitivos e de suas práticas pedagógicas, acompanhada da reflexão (com)partilhada com o outro – colegas, professores, autores, teorias –, contribuiu significativamente para a qualificação e para a ressignificação do próprio campo de atuação profissional. Os resultados da pesquisa apontam, ainda, para a necessidade de repensar a estruturação e a dinâmica dos cursos de formação de professores de história, de modo a superar antigas dicotomias entre “formação específica” e “formação pedagógica”, (re)conciliando o fazer e o compreender, a ação e a reflexão, a prática e a teoria. |