Crescimento, restrição externa, distribuição de renda e mudança estrutural : evidências empíricas à economia brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Teixeira, Felipe Orsolin
Orientador(a): Dathein, Ricardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/238962
Resumo: Esta Tese utiliza várias teorias (restrição externa, distribuição de renda, mudança estrutural e complexidade econômica) para entender as políticas econômicas do Brasil nas últimas décadas, principalmente o porquê de o país não ter conseguido ultrapassar níveis médios de renda. Destaca-se que a dinâmica da economia brasileira nas últimas duas décadas, bem como a falta de sucesso em alcançar níveis de renda per capita mais próximo de países desenvolvidos, pode ser explicada pela análise detalhada de quatro fatores fundamentais, que são: ascensão no preço das commodities, políticas de demanda, conflito distributivo e estrutura produtiva. Por envolver um conjunto variável de fatores, diversas abordagens foram necessárias para a verificação empírica dessa questão. De maneira mais detalhada, o primeiro ensaio da Tese trata das principais abordagens de crescimento econômico; o segundo ensaio verifica empiricamente o efeito do boom de exportações de commodities sobre a elasticidade renda da demanda por importações da economia brasileira entre 1997 e 2018; o terceiro ensaio verifica a relação entre distribuição funcional da renda, demanda agregada e utilização da capacidade para a economia brasileira entre 2000 e 2015 por meio das abordagens neokaleckiana e neogoodwiniana; o quarto e último ensaio explora empiricamente diferentes índices de complexidade (linear e não linear) para as unidades federativas (UFs) do Brasil entre 2003 e 2014, bem como a relação desses índices com o crescimento econômico e com a transformação produtiva dessas UFs. Os resultados variam de acordo com as abordagens analisadas. Os resultados do segundo ensaio mostraram que o aumento na elasticidade renda da demanda por importações, principalmente importações de bens de consumo final, foi bastante influenciada pela crescente exportação de commodities, e isso reduziu o crescimento de equilíbrio do balanço de pagamentos. No terceiro ensaio, a abordagem neokaleckiana indicou que a demanda agregada assumiu um padrão wageled com efeitos negativos sobre o investimento (conflictive-stagnationist), enquanto a abordagem neogoodwiniana indicou um regime de distribuição profit-squeeze. Os resultados do último ensaio indicaram que existe uma relação positiva entre taxa real de câmbio a nível estadual (R$/US$) e a transformação produtiva, tal como entre a transformação produtiva e a complexidade econômica das UFs. De uma maneira geral, a utilização conjunta dos resultados dos ensaios desta Tese permite apontar que a falta de sucesso em sair de um padrão de renda média foi decorrente de problemas estruturais ocasionados por um conjunto de fatores negligenciados desde o início dos anos 2000.