Distribuição pessoal da renda e elasticidade renda da demanda por importações no Brasil: evidências a partir de regressões quantílicas para o período 2002-2009

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Souto, Artur Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-22022016-153505/
Resumo: Esta dissertação busca contribuir para a literatura sobre as elaticidades renda da demanda por importações. Mais especificamente, procura analisar em que medida a questão da distribuição pessoal da renda se relaciona com estas elasticidades para o Brasil. O país apresentou nos anos 2000 um processo singular de desenvolvimento, marcado por crescimento econômico com distribuição de renda. Analisa-se este processo através das perspectivas da teoria do crescimento sob restrição externa e da teoria da CEPAL, que consideram a elasticidade renda das importações um dos determinantes fundamentais ao processo de desenvolvimento. A indústria brasileira cresceu, como resposta tanto à expansão do consumo interno e quanto à dinâmica favorável internacional para os produtos da indústria extrativa. Já a indústria de transformação se voltou para dentro, uma vez que apresentou crescimento mas reduziu suas exportações. Entretanto, a penetração das importações desta indústria também aumentou. Tendo este cenário como motivação, realiza-se um exercício empírico de estimativa das elasticidades renda da demanda por importações a partir de dados de consumo das Pesquisas de Orçamentos Familiares dos biênios 2002-2003 e 2008-2009, com o objetivo de comparar a evolução das elasticidades para diferentes classes de renda. Os resultados sugerem que, apesar da melhora na distribuição de renda e da subsequente expansão do consumo, a indústria nacional não atendeu à demanda. A elasticidade renda da demanda por importações aumentou, e o aumento foi maior para as classes mais pobres.