Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Gisele da Costa Lipimam |
Orientador(a): |
Lucena, Karina de Castilhos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/283148
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Resumo: |
Essa dissertação apresenta o papel das notas de rodapé para o movimento de descolonização em Guam a partir dos textos da literatura chamorro e, consequentemente, da tradução comentada das obras I Tinituhon/The Beginning, de Leonard Z. Iriarte, Manotohge Hit/We Stand, de Leonard Z. Iriarte, I Have Seen Sirena Out at Sea/Gua na hu li’i’ si Sirena, de Evelyn Flores, The Tree, de Christiane Taitano DeLisle, What am I, de Frederick B. Quinene e Hineksa Anonymous, de Desiree Taimanglo Ventura, publicadas na antologia Indigenous Literatures from Micronesia, organizada por Evelyn Flores e Emelihter Kihleng (2019). Além disso, este trabalho busca analisar como elementos como a história, a cultura e a identidade estão presentes nestas obras e como, consequentemente, o conhecimento sobre esses elementos é essencial para a tradução destas. Este trabalho também procura discorrer sobre a importância das notas de rodapé tanto para a compreensão destes textos como para as suas traduções, já que os autores as utilizam para trazer informações sobre aspectos histórico-sócio-culturais da ilha. A partir das traduções comentadas, será analisada, desta forma, a presença destes elementos em textos que focam em três períodos essenciais da história da ilha: pré colonização espanhola, pós colonização espanhola e pós colonização estadunidense. Como há um movimento de descolonização na ilha de Guam ao qual a literatura faz parte, as obras produzidas pelos chamorros, sendo assim, são ricas em marcações culturais assim como recontos das histórias da ilha. Portanto, o objetivo deste trabalho é analisar as traduções a partir das observações das presenças destes conceitos nas obras chamorros e, também, analisar as notas de rodapé presentes nos textos fontes, assim como trazer à luz a importância destas tanto para a leitura quanto para a tradução destes textos. Desta forma, o presente trabalho foi separado em duas partes. A primeira parte do trabalho, irá trazer a história da ilha, desde a sua criação até os dias atuais, assim como o conceito de identidade e de cultura para os chamorros e como estes conceitos estão presentes e são apresentados ao leitor nas obras, a partir dos textos presentes na antologia de Flores e Kihleng (2019). Na segunda parte, será analisada a presença desses conceitos no processo de tradução, além da função das diferentes notas tanto do texto fonte quanto do texto de chegada, assim como apresentar as escolhas tradutórias como um ato político e ideológico. Sendo assim, a partir das análises de Hall (2006) sobre o conceito de identidade e de Anderson (2008) sobre comunidades imaginadas, foi possível analisar estes elementos dentro das obras chamorros. Ademais, a tese de doutorado de Perez (2021) sobre a literatura chamorro foi a base teórica para compreender esta literatura dentro deste movimento de descolonização em Guam. Os estudos de Venuti (2002, 2011, 2019) sobre tradução como um ato político e de Genette (2009) sobre as funções das notas. Portanto, com essas análises das obras e as traduções, foi possível compreender o grande papel das notas de rodapé dentro da literatura chamorro, já que estas trazem não apenas informações sobre o texto, mas também sobre a história, a cultura e a identidade do povo chamorro. Além disso, também foi possível compreender o papel tanto da literatura chamorro quanto da língua dentro deste movimento de descolonização na ilha de Guam. |