Sonhei que eu morri! : Reflexões sobre morte, sonhos e resistência nas rodas de sonhos com adolescentes que cumprem medida socioeducativa de privação de liberdade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Bayer, Bruna Flores
Orientador(a): Gurski, Rose
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/249446
Resumo: Esta pesquisa foi desenvolvida a partir da primeira experiência com as Rodas de Sonhos, um dispositivo clinico-político, construído em meio aos trabalhos de pesquisa —intervenção do NUPPEC — Eixo 3. As Rodas foram realizadas com jovens em situação de cumprimento de medida socioeducativa de privação de liberdade na Fundação de Atendimento Socioeducativo do Rio Grande do Sul (FASE/RS). Diante dos encontros com os adolescentes, adensamos metodologicamente este dispositivo e, tecemos a presente pesquisa sublinhando a dimensão sociopolítica do sofrimento presente nos sonhos escutados: sonhos com a temática da morte, onde o matar e morrer são o pano de fundo das cenas oníricas. Destacamos a temática da guerra e morte presente nas narrativas oníricas em enlace com o desejo de morte que a sociedade brasileira parece dirigir aos corpos destes jovens negros e periféricos. Explicitamos o complexo contexto da juventude brasileira em situação de vulnerabilidade social, sustentado pela lógica dos discursos capitalistas e neoliberais. Nesse sentido, pensamos o dispositivo da Roda de Sonhos como um modo de resistência frente aos discursos mortíferos dirigidos a estes jovens.