Prevalência do zumbido em indivíduos brasileiros com diagnóstico de osteogênese imperfeita

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Gonçalves, Sabrina Nuñes
Orientador(a): Felix, Temis Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/257451
Resumo: Introdução: A Osteogênese Imperfeita (OI) é uma condição genética rara, com prevalência estimada de 1:10.000 a 1:20.000 nascimentos. As alterações genéticas envolvidas na OI podem resultar em alterações nos tecidos ricos em colágeno tipo I, acarretando manifestações clínicas diversas como a fragilidade óssea, esclera azulada, malformação dentária, perda auditiva, entre outros. O zumbido é uma manifestação clínica que tem sido percebida nos atendimentos ambulatoriais, entretanto é pouco explorado na literatura. O zumbido é um sintoma que se caracteriza pela percepção de um som sem que haja uma fonte sonora externa. Sua presença pode ser responsável por alteração na qualidade de vida dos indivíduos, devido ao incômodo que provoca, sendo ainda associado a distúrbios de atenção, ansiedade, depressão, insônia, entre outros. Objetivo: Verificar a prevalência do zumbido em indivíduos adolescentes e adultos brasileiros com diagnóstico de OI e possível relação entre faixa etária, sexo, tipo de OI, perda auditiva, uso de bisfosfonatos e presença de outras condições crônicas. Avaliar o impacto do zumbido na qualidade de vida dos indivíduos com OI. Metodologia: Estudo transversal, observacional e descritivo. Participaram deste estudo indivíduos com idade mínima de 12 anos, de ambos os sexos e com diagnóstico de OI. A pesquisa foi realizada por meio de um questionário eletrônico que abordou questões sociodemográficas e clínicas. Os indivíduos que sinalizaram a presença de zumbido foram direcionados ao questionário Tinnitus Handicap Inventory (THI), instrumento utilizado para verificar o incômodo causado pelo zumbido e sua repercussão na qualidade de vida. Resultados: Verificou-se uma prevalência desse sintoma em 55,2% nos indivíduos com OI. Em relação a avaliação das possíveis relações entre faixa etária, sexo, tipo de OI, perda auditiva, uso de bisfosfonatos e presença de outras condições crônicas com o zumbido, observou-se significância para as variáveis faixa etária, sexo, resultado da audiometria e uso de bisfosfonatos, p-valor de 0,018; 0,006; 0,005 e 0,028, respectivamente. No que se refere ao impacto na qualidade de vida através do teste THI, verificou-se que 66,7% da amostra apresenta níveis de incômodo desprezível ou leve com o sintoma. Conclusão: A prevalência deste sintoma na amostra estudada de indivíduos com OI foi maior do que observado na população em geral, de acordo com estudos da literatura. No entanto, o impacto do zumbido na qualidade de vida de indivíduos com OI dessa amostra foi menor do que observado na literatura para a população em geral.