Sobre a escuta do sujeito em liberdade assistida : reflexões acerca da psicanálise e das medidas socioeducativas de meio aberto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Von Porster, Fernanda da Silva
Orientador(a): Gurski, Rose
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/219200
Resumo: Este trabalho de mestrado surge a partir de uma pesquisa que retoma uma experiência de estágio no ano de 2017, com adolescentes que cumpriam medida de Liberdade Assistida no Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviço à Comunidade, no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) do município de Lajeado - RS. Durante o período citado, surgiram questões que diziam respeito à forma como os adolescentes cumpriam suas medidas e eram acompanhados pelos técnicos do Serviço. Ao questionar-se: há condições de um espaço de fala do sujeito na execução da Liberdade Assistida? E, também, como se dá a responsabilização do adolescente na execução dessa medida? Buscou-se tensionar essas questões com conceitos da psicanálise, utilizando o ensaio flânerie como ferramenta metodológica, retomando os registros dos atendimentos dos adolescentes acompanhados pela pesquisadora e as avaliações escritas por eles. Tais questões foram discutidas nesta pesquisa visando tensionar a medida de Liberdade Assistida e a possibilidade de escuta do sujeito adolescente durante sua execução. A proposta é, a partir da experiência supracitada, refletir sobre as condições de construção da responsabilização subjetiva destes jovens a partir da responsabilização jurídica, temáticas caras e necessárias à socioeducação. Trata-se, ainda, de pensar como a construção de um espaço de escuta psicanalítica do sujeito, no âmbito das políticas públicas de Socioeducação, pode contribuir com este processo.