O antioxidante quercetina diminui o estresse oxidativo hepático em ratos diabéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Dias, Alexandre Simões
Orientador(a): Marroni, Norma Anair Possa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/8174
Resumo: Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma doença que apresenta elevada incidência e prevalência na população em diversas partes do mundo, e, estudos experimentais e clínicos, sugerem que o estresse oxidativo esteja envolvido na patogênese e na progressão da mesma. Objetivo: Este estudo tem como objetivo investigar os efeitos do antioxidante quercetina administrado intraperitonealmente sobre o estresse oxidativo, a ativação do fator de transcrição nuclear kappa B (NF-kB) e expressão da óxido nítrico sintase induzível (iNOS) hepática no modelo experimental de DM tipo I. Material e métodos: Foram utilizados 32 ratos machos Wistar, divididos em quatro grupos de oito animais: controle, controle que receberam a quercetina, diabéticos não tratados e diabéticos tratados com quercetina. A dose utilizada da quercetina foi de 50 mg/Kg de peso corporal diariamente. O DM foi induzido por única injeção intraperitoneal de estreptozotocina (70 mg/kg). Após oito semanas (60 dias), foi avaliado os marcadores do estresse oxidativo hepático através das substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), e a quimiluminescência (QL). A atividade hepática das enzimas antioxidantes catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx), bem como a ativação do NF-kB pelo método (Electrophoretic Mobility Shift Assay – EMSA) foram mensurados. Também foram avaliados a expressão das quinases dos inibidores do NF-kB (IKK-a e IKK-b), bem como os inibidores (IkB-a e IkB-b) e a iNOS hepática pela técnica do Wersten blot. Resultados: A concentração da glicose sangüínea aumentou significativamente nos animais diabéticos e não diminuiu após a administração da quercetina. No tecido hepático dos animais diabéticos aumentou o TBARS, a QL, a atividade da SOD e da CAT, e no grupo diabético que recebeu a quercetina os valores diminuíram. O DM aumentou a ativação do NF-kB, os níveis do IKK-a e da iNOS, e diminuiu o IkB-a. Todos os valores foram atenuados quando administrado a quercetina, somente a atividade da GPx, do IKK-b e IkB-b não apresentou diferença entre os grupos estudados. Conclusão: A quercetina inibiu o estresse oxidativo hepático, a ativação do NF-kB e a expressão da iNOS. O tratamento com o antioxidante quercetina parece inibir as vias sinalizadoras de transdução, podendo interferir na produção dos mediadores nóxios envolvidos no modelo experimental de DM.