Avaliação da barreira hematoencefálica em ratos Wistar submetidos ao modelo de demência tipo Alzheimer e efeito da exendina-4 na neuroproteção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Dias, Vitor Gayger
Orientador(a): Goncalves, Carlos Alberto Saraiva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
STZ
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/230330
Resumo: A Doença de Alzheimer (DA) uma doença neurodegenerativa progressiva associada a uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e comportamentais. A análise de tecido cerebral de pacientes com DA revela lesões características como acúmulo do peptídeo -amiloide, emaranhados neurofibrilares e gliose. O sistema nervoso central (SNC) é seletivamente permeável a moléculas, essa seletividade se deve a presença da barreira hematoencefálica (BHE) e da barreira hematoliquórica (BHL). Estas barreiras possuem um complexo de junções oclusivas, que inibem a difusão paracelular de moléculas. Diversos estudos têm demonstrado que o acúmulo do peptídeo -amiloide pode comprometer a integridade da BHE resultando em neurodegeneração. Alterações na permeabilidade das barreiras são acompanhadas de mudanças na expressão de proteínas específicas como aquaporinas, claudinas, e Kir 4.1. Entretanto, pouco se sabe sobre as barreiras no modelo de demência induzido com estreptozotocina (STZ), cujas alterações precedem o acúmulo do peptídeo - amiloide. Pacientes com DA apresentam elevado estresse oxidativo e hipometabolismo da glicose encefálica, possivelmente pelo prejuízo na sinalização da insulina cerebral. Portanto, drogas utilizadas no tratamento do diabetes são sugeridas como benéficas nos casos de DA. Os agonistas dos receptores do peptídeo semelhante ao glucagon (GLP-1Rs) já demonstraram ter efeitos neuroprotetores na patologia da DA. A Exendina-4 (EX-4), uma destas drogas, também já demonstrou ter efeito protetor na funcionalidade da BHE em casos de diabetes mellitus e traumatismo crânio encefálico, no entanto, seu papel nos prováveis danos na BHE causados pela DA não estão estabelecidos. Neste trabalho, analisamos que prejuízos cognitivos e do metabolismo da glicose no modelo de demência induzido por STZ são revertidas pela EX-4. Observamos que os parâmetros de BHE não são alterados até 4 semanas, mas que a BHL se mostra comprometida em 4 semanas. Demonstramos que a relação entre DA e metabolismo da glicose é muito estreita, havendo melhora significativa em diversos parâmetros bioquímicos a partir do uso de EX-4, fortalecendo o potencial dos agonistas do GLP-1R como alternativa terapêutica para DA.